30 de março de 2013

O "eu" que os outros veem, por Andrew Matthews


"Você pode vislumbrar sua auto-imagem olhando as pessoas que o cercam. Todos nós travamos relacionamentos com pessoas que nos tratam da maneira como acreditamos que merecemos ser tratados. Pessoas com uma auto-imagem saudável exigem respeito daqueles que as cercam. Elas tratam bem a si mesmas, estabelecendo um exemplo do modo como os outros devem tratá-las.

Se você tem uma auto-imagem ruim, irá se confrontar com todos os tipos de maus tratos e aborrecimentos vindos de praticamente todo o mundo. As pessoas nos tratam do modo como nos tratamos. Aqueles com quem nos relacionamos percebem rapidamente o quanto respeitamos a nós mesmos. Se há respeito próprio, todos seguem fazendo o mesmo, respeitando-nos!

Quando estamos nos sentindo mal a nosso próprio respeito, por exemplo, tendemos a descontar a insatisfação em nós mesmos. Isso pode se manifestar de várias maneiras, tais como surtos de comilança de “besteiras”, acidentes, doenças, privação de comida, etc... O fato é que o modo como nos tratamos é um reflexo do quanto estamos gostando de nós mesmo em um determinado momento.

Uma auto-imagem ruim diz: “Eu mereço”. E isso leva a pessoa a sabotar subconscientemente a própria felicidade. Por isso, é de máxima importância que você faça tudo o que estiver ao seu alcance para manter pensamentos positivos em sua mente. Isso irá assegurar que você se mantenha feliz como pessoa.

E para você melhorar o modo como se sente em relação a seu próprio respeito: aceite elogios, elogie, fale bem de si mesmo, valorize-se, trate bem do seu corpo, faça com que as pessoas saibam como você deseja ser tratado, cerque-se de boas pessoas, use afirmações positivas e tenha sempre em mente a imagem daquilo que você deseja ser e não daquilo que você é.

Em poucas palavras: ame-se! E lembre-se sempre disso: você merece amor e respeito pelo simples fato de você ser você!"

Andrew Matthews

28 de março de 2013

O amor entre iguais por Eliene Percília





                           "O relacionamento entre pessoas do mesmo sexo.
Engana-se quem pensa que a união entre pessoas do mesmo sexo teve início há pouco tempo, o relacionamento homossexual existe desde a Antigüidade, mas não era conhecido por esse termo.
 O preconceito era praticamente nulo quando se tratava desse tipo de relacionamento, foi criado até um conjunto de leis dando privilégios a prostitutos e prostitutas que participavam dos cultos religiosos, o documento foi outorgado pelo imperador Hammurabi na antiga Mesopotâmia, em cerca de 1750 a.C. 
Essas leis declaravam ambos sagrados e que poderiam ter relações com os homens devotos dentro dos templos da Mesopotâmia, Sicília, Índia, Egito e Fenícia, entre outros.

Herdeiras do conjunto de leis de Hammurabi, as leis hititas reconheceram uniões entre pessoas do mesmo sexo. Nas cidades antigas como Grécia e Roma, era normal um homem mais velho ter relações sexuais com um mais novo. 
Segundo o filósofo grego Sócrates, as relações anais eram a melhor forma de inspiração e, o sexo heterossexual, servia apenas para a procriação do homem.
 Em Atenas, para a educação dos jovens, esperava-se que os adolescentes aceitassem o relacionamento com homens mais velhos, para que pudessem absorver suas virtudes e conhecimentos filosóficos.
 O jovem ao completar 12 anos, e estando ele e a família de acordo, transformava-se em um parceiro passivo até por volta dos 18 anos. Normalmente, o garoto só tornava-se homem perante a sociedade aos 25 anos, assumindo então um papel ativo em seus relacionamentos.

Os romanos mantinham os ideais amorosos equivalentes aos dos gregos.
 O relacionamento entre um homem mais velho e outro mais novo era entendido como um sentimento de pureza. 
Já os relacionamentos sexuais entre homens mais velhos, não eram vistos com bons olhos, sendo desprezados pela sociedade e impedidos até mesmo de exercer cargos públicos. Todo esse entendimento sobre o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo vem das crenças dessas sociedades antigas. 
Dentro da mitologia grega, romana, por exemplo, existia a homossexualidade. 
Tanto que muitos deuses antigos não tinham sexo definido. Até então, o sexo não era visto com o objetivo exclusivo de procriação, mas sim de sentimentos.

 Esse conceito só começou a mudar com a chegada do cristianismo, nesse contexto o imperador romano Constantino converteu-se à fé cristã, tornando a religião obrigatória em seu império.
 O sexo heterossexual a partir de então ampliou seu conceito de procriação e a homossexualidade tornou-se algo anormal.

Em 533, o imperador cristão Justiniano criou o primeiro texto de lei proibindo sem reservas a homossexualidade. Tendo relacionado todos os vínculos homossexuais ao adultério (crime que tinha a pena de morte como punição). Posteriormente à criação dessa lei, outras foram surgindo, gerando mais restrições e punições aos homossexuais, estabelecendo punições cada vez mais severas. Por mais proibições que tivesse, os costumes permaneciam os mesmo, até meados do século 14.

A Igreja Católica viu-se diante de uma série de crises, assistindo o surgimento do protestantismo com a Reforma de Lutero.
 Diante do humanismo renascentista, os valores antigos de relacionamento entre pessoas de mesmo sexo voltaram à tona. 
Artistas dos diversos segmentos contemplavam o amor entre homens. Na tentativa de erradicar o relacionamento entre iguais, foram criadas diversas leis, com punições cada vez mais severas.

  Daí a ciência se juntou à religião para estabelecer uma causa para a homossexualidade. Tanto que foi criado um tratamento destinado exclusivamente aos casos de homossexualidade e aos de ninfomania feminina: a lobotomia. Técnica desenvolvida pelo neurocirurgião português António Egas Moniz (ganhador do prêmio Nobel de Medicina em 1949), que consistia em uma intervenção cirúrgica, cortando um pedaço do cérebro dos “doentes psiquiátricos”, corte feito nos nervos do córtex pré-frontal, diversas pessoas foram submetidas à lobotomia. 
Esse tratamento era empregado porque a homossexualidade começava a ser vista como uma doença, como se fosse uma anomalia genética. A preocupação do meio científico com a homossexualidade teve início no século 19, a expressão “homossexualidade” foi criada em 1848, pelo psicólogo alemão Karoly Maria Benkert. Para ele o distúrbio não era apenas psicológico, a natureza teria dotado à nascença certos indivíduos masculinos e femininos com o impulso sexual.
 Criando uma aversão direta ao sexo oposto. Nos anos de 1897, foi publicado o primeiro livro relacionado à homossexualidade, tendo como autor o inglês Havelock Ellis. Assim como as demais pessoas da época, defendia que a pessoa que mantinha relações com pessoas de mesmo sexo portavam uma doença congênita e hereditária, além de ser associada a problemas familiares. 
Somente em 1979, a Associação Americana de Psiquiatria retirou a homossexualidade da lista oficial de doenças mentais.
 Na década de 80 e 90 os países desenvolvidos proibiram a discriminação contra gays e lésbicas. Constatamos que a luta dos homossexuais pelo direito à liberdade de se relacionar com pessoas de mesmo sexo, foi sempre muito grande.
 Muitas batalhas foram vencidas, ainda existem muitas a serem confrontadas. 

Todos nós somos livres para viver da forma que quisermos, de estabelecermos os mais diversos tipos de relacionamentos, às pessoas, que são contra o relacionamento gay, resta apenas respeitar, pois todo ser humano deve ser respeitado.
 Como o famoso dito popular diz: “Seus direitos começam quando terminam os meus”. Discriminação é crime, se quisermos uma sociedade justa devemos primeiramente rever nossa forma de conviver com o restante do mundo."

Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola

27 de março de 2013

Perguntas ... por Martha Medeiros

"Quantas vezes você andava na rua e sentiu um perfume e lembrou de alguém que gosta muito? 
Quantas vezes você olhou para uma paisagem em uma foto, e não se imaginou lá com alguém?... 
Quantas vezes você estava do lado de alguém, e sua cabeça não estava ali? 
Alguma vez você já se arrependeu de algo que falou dois segundos depois de ter falado? 
Você deve ter visto que aquele filme, que vocês dois viram juntos no cinema, vai passar na TV... 
E você gelou porque o bom daquele momento já passou... 
E aquela música que você não gosta de ouvir porque lembra algo ou alguém que você quer esquecer, mas não consegue? 
Não teve aquele dia em que tudo deu errado, mas que no finzinho aconteceu algo maravilhoso? 
E aquele dia em que tudo deu certo, exceto pelo final que estragou tudo? 
Você já chorou por que lembrou de alguém que amava e não pôde dizer isso para essa pessoa? 
Você já reencontrou um grande amor do passado e viu que ele mudou? 

Para essas perguntas existem muitas respostas... 
Mas o importante sobre elas não é a resposta em si... 
Mas sim o sentimento... 
Todos nós amamos, erramos ou julgamos mal... 
Todos nós já fizemos uma coisa quando o coração mandava fazer outra... 
Então, qual a moral disso tudo? 
Nem tudo sai como planejamos portanto, uma coisa é certa... 
Não continue pensando em suas fraquezas e erros, faça tudo que puder para ser feliz hoje! 
Não deite com mágoas no coração. 
Não durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz! 
E comece com você mesmo!!!"
 Martha Medeiros 

26 de março de 2013

Eu sou a Fonte por OSHO

"Eu o amo!
O sentimento mais comum é de que
você é a fonte do meu amor.
Mas, na verdade, não é assim. 
Eu sou a fonte!
Você é apenas a tela onde projeto
meu amor. 
Você é só a tela;
eu projeto meu amor em você
e digo que você é a fonte do meu amor.
Não é o que acontece. 
Isso é ficção.
Eu lanço a minha energia de amor
e a projeto em você.

Nessa energia amorosa projetada
em você, 
você se torna encantador.
Talvez não o seja para outra pessoa.
Talvez seja absolutamente repulsivo
para outro. Por quê?
Se você fosse a fonte do amor,
então todos deveriam sentir amor
por você.
Mas você não é a fonte.
Eu projeto amor e então você se
torna encantador;
outro projeta ódio e você
se torna repulsivo.
E outra pessoa não projeta nada - é indiferente,
talvez nem mesmo olhe para você.
O que está acontecendo?
Estamos projetando nossos próprios
estados para os outros...sempre"...

Osho

Acredite...de Paulo Roberto Gaefke

"Acredite: você é aquilo que acredita ser.
Você tem aquilo que acredita poder ter.
Você recebe da vida aquilo que doa.
Por isso, não me venha com reclamações, e muito menos, acusações. 

Muita gente, mas muita gente mesmo, jura de pés juntos,
que está vivendo essa ou aquela situação por causa de alguém.

É tão difícil encontrar alguém que assuma os erros,
quanto é difícil encontrar um motorista que assuma,
que ele foi o responsável pela batida do carro. 

Tem gente que já nem sabe mais falar, apenas reclamar.
Reclama do tempo, do governo, da escola, dos parentes, do sócio,
do comércio, do banco, dos juros, do sapato, dos passarinhos e até de Deus.
Gente que nem percebe que já faz tempo que virou ateu. 

Ao olhar para dentro de você e buscar respostas para sua insatisfação,
você remove uma casca que encobre uma ferida que pode estar infeccionando.

Assuma os erros, as decisões erradas e parta para as soluções.
Comece uma mudança de pensamento, de atitude, sendo mais positivo.
Acreditando na sua capacidade de criar, de transformar, de arriscar. 

Arrisque-se na busca da felicidade, que por vezes está tão perto...

Não fuja de você, das suas carências e necessidades.
Ame-se profundamente e entenda que a vida pede atitudes imediatas,
mas jamais, imediatistas, onde nos propomos uma mudança e nunca mudamos. 

Aprenda por fim, se já não souber, que a Vida é professora competente.
Mostra através de situações reais, sua capacidade e valor.
E você decide, se muda pelo amor, ou pela dor.
A escolha é sempre sua".

Paulo Roberto Gaefke

25 de março de 2013

O momento é tudo...por OSHO

"Permaneça sempre no presente, porque tanto do passado quanto do futuro é que vem todas as falsidades. 
Porque o que passou, passou; não se preocupe com isso e não carregue como um fardo; do contrário, isso não vai permitir que você seja autêntico em relação ao presente. 
E tudo o que não aconteceu ainda não aconteceu. Não se incomode sem necessidade com o futuro; do contrário ele cairá sobre o presente e o destruirá. 
Seja verdadeiro em relação ao presente; então, você será autêntico. Estar aqui e agora é ser autêntico. Nem passado, nem futuro – o momento é tudo. 
O momento é a eternidade inteira."


Osho
Do livro Intimidade 

23 de março de 2013

Atitude para ser feliz de Lee L. Jampolsky...

"Você já percebeu quais galhos de uma árvore são os primeiros a se quebrar com um vento forte? Os galhos flexíveis, capazes de se curvar ao vento, conseguem sobreviver, enquanto os rígidos se quebram mesmo que pareçam freqüentemente mais fortes.

Sua forma de reagir à tensão e à mudança é determinante para sua paz de espírito. Por mais forte que pareça ser, se não estiver disposto a ouvir, transigir ou mudar, é provável que sofra muitas “rachaduras”. Pelo contrário, a capacidade de curvar-se aos ventos inevitáveis da vida conduz à calma e à felicidade." 

Lee L. Jampolsky 
do livro “Atitude para ser feliz”).

20 de março de 2013

Você tem medo de ser criticado? por Luis Gasparetto

"Você já reparou que mil elogios podem ser anulados por uma única crítica?
É só chegar uma pessoa e dizer que deveríamos ser assim ou assado(ainda que dito de forma bem delicada) e aquilo bate forte no nosso peito. 
Ficamos sem chão, nos sentimos ofendidos e, na hora, adotamos uma postura defensiva. É impressionante como somos vulneráveis.

Só de imaginar que vai ser criticada, você já muda a maneira de agir, já não faz as coisas como queria, não se coloca na vida como gostaria de se colocar.
Tem gente que gasta a vida inteira adotando posturas falsas para evitar críticas. Que bobagem !!!

Mesmo que você abra mão de ser espontânea para assumir os modelos, jamais agradará a todos. Isso é IMPOSSÍVEL !!!
E digo mais: você sempre será criticada.
Aonde eu quero chegar? 
Na verdade, as críticas não terão esse efeito arrasador a partir do momento que você não der tanta importância a elas. Se fôssemos um pouco mais inteligentes, não escutaríamos crítica alguma. 
Até poderíamos, desde que fosse com um filtro.
Assim: o fulano me disse tal coisa. Será que isso é verdade?
Vou investigar e tiro minhas conclusões, baseado em minha própria observação.
E sempre com a mente tranquila e os pés no chão.

O problema da crítica nada mais é do que dar muito crédito aos outros.
Ou seja, você sempre se coloca em segundo plano, 
dá lugar aos outros (não importa se está supercansada),
não machuca os outros (não importa os próprios sentimentos).

Isso entra de tal forma que temos um departamento na nossa cabeça chamado "os outros".
E, como você está sempre em segundo plano, vai ficando lá no fundinho da fila.
Por isso a crítica pega tanto. 
O segredo é um só: aprenda a se colocar em primeiríssimo lugar.
Não estou estimulando o egoísmo, mas sim a autovalorização.

É dar importância aos seus dons, sentidos, opiniões, emoções e sentimentos.
Quando você se dá valor, todos também dão.
 Acredite! O sucesso é não ouvir as críticas.
A lei é essa: só se dá valor a quem o tem.
Por isso, toda vez que se deparar com uma crítica, pare e reflita:

"O que importa é o que eu sinto e não o que a pessoa sente.O essencial é o que eu penso, não o que pensam.A natureza me fez responsável por mim. Me dou valor e assim serei"."

Luis Gasparetto


19 de março de 2013

Você é o outro por Krishnamurti

"Se você quer ajudar outra pessoa, você tem que conhecer a si mesmo, pois você é o outro. 
Externamente podemos ser diferentes - amarelo, preto, marrom, ou branco - mas somos todos impulsionados pela ansiedade, pelo medo, pela inveja, ou por ambição; interiormente somos bem parecidos. 

Sem autoconhecimento, como você pode ter conhecimento das necessidades do outro? Sem entender a si mesmo, você não pode entender outra pessoa, servir outra pessoa. Sem autoconhecimento você está agindo na ignorância, e assim criando conflito.

Vamos examinar isso. 
A industrialização está se espalhando rapidamente por todo o mundo, impelida pela avidez e pela guerra. A industrialização pode dar emprego, alimentar mais pessoas, mas qual é o resultado mais amplo? O que acontece às pessoas altamente desenvolvidas tecnologicamente? 
Elas serão mais ricas, vai haver mais carros, mais aviões, mais dispositivos eletrônicos, mais apresentação de cinemas, casas maiores e melhores; mas o que acontece às pessoas como seres humanos?

Eles se tornam mais e mais rudes, mais e mais mecânicos, cada vez menos criativos. 
A violência deve se espalhar e o Estado então é a organização da violência. A industrialização pode trazer melhores condições econômicas, mas com os resultados horrorosos: favelas, antagonismos do trabalhador contra o não-trabalhador; o patrão e o escravo, o capitalismo e o comunismo, todo o caótico negócio que tem se espalhado nas diferentes partes do mundo. 

Dizemos com satisfação que isso irá subir o nível de vida, que a pobreza será erradicada, haverá trabalho, haverá liberdade, dignidade, etc. A divisão entre o rico e o pobre, entre o homem de poder e o que busca o poder - esta divisão e conflito sem fim irá continuar. Qual é o fim disso? O que aconteceu no Ocidente? Guerras, revoluções, ameaça contínua de destruição, desespero total. Quem está levando ajuda para quem e quem está servindo quem? 
Quando tudo à sua volta está sendo destruído, a pessoa atenta deve investigar as causas mais profundas, o que tão poucos parecem fazer. Um homem que foi desalojado de sua casa pela explosão de uma bomba, deve invejar o homem primitivo. 
Você certamente está trazendo civilização para os que são chamados de excluídos, mas a que preço! Você pode estar servindo, mas considere o que vem neste rastro. Mas poucos se dão conta das causas profundas do desastre."
Krishnamurti
(K - Collected Works, vol III, pgs 218/219)

18 de março de 2013

Muito além da mente por Eckhart Tolle

 
"Existe uma energia vital que você pode sentir em todo o seu Ser, em cada célula do seu corpo, independentemente dos seus pensamentos.

Nesse estado de consciência, se você precisar usar a mente para algum fim prático, ela estará presente. E a mente funciona muito bem quando a inteligência maior que é você se expressa através dela. 
Talvez você não tenha se dado conta, mas aqueles breves períodos em que fica “consciente sem pensar” já estão ocorrendo natural e espontaneamente em sua vida. Você pode estar fazendo algum trabalho manual, andando pela casa, aguardando o embarque num aeroporto e estar tão presente que a estática habitual do pensamento se interrompe e é substituída por um estado de alerta.
 Ou você pode estar olhando o céu ou ouvindo alguém falar, sem fazer qualquer comentário mental. Suas percepções se tornam transparentes como cristal, sem qualquer pensamento para obscurecê-las.

Mesmo que você não perceba, a verdade é que essa é a coisa mais importante que pode acontecer a você. É o começo do processo de mudança, do pensar para o estar presente, alerta e atento.
 Sinta-se à vontade com o “não saber”. Isso leva você para além da mente, pois ela está sempre querendo tirar conclusões e interpretar. A mente teme não saber. Assim, quando consegue ficar à vontade com o “não saber”, você já foi além da mente. Um conhecimento mais profundo que não é baseado em qualquer conceito vai emergir desse estado.

Quando há um domínio completo da criação artística, dos esportes, da dança, do ensino, do aconselhamento, é sinal de que a mente pensante não está mais envolvida ou, no mínimo, está em segundo plano.
 Nessas áreas predominam uma força e uma inteligência que são maiores do que você e, ao mesmo tempo, fazem parte de você. Não existe mais um processo de decisão. As ações corretas acontecem espontaneamente, e não é “você” quem as faz. 
Ter o domínio completo da vida é o contrário de controlá-la. Você entra em sintonia com a consciência maior. É ela quem age, fala e faz o que é necessário.

A Verdade nos leva muito além do que a mente é capaz de compreender. 
Nenhum pensamento pode conter toda a Verdade. No máximo, pode apontar para a Verdade dizendo, por exemplo: “Todas as coisas são intrinsecamente uma só.” Essa é uma indicação, não uma explicação.

Compreender essas palavras é sentir profundamente dentro de si mesmo a Verdade para a qual elas apontam.

Quando você pensa ou fala a respeito de si mesmo, quando diz “eu”, está se referindo a “eu e a minha história”. Está falando do ego com seus gostos e desgostos, medos e desejos, o ego que nunca se satisfaz por muito tempo. 
Essa é a noção que a sua mente tem de você, condicionada pelo passado e buscando encontrar sua plenitude no futuro. Você se dá conta de que esse ego é fugaz e passageiro como uma onda na superfície do mar? Quem percebe isso?
 Quem compreende que sua forma física e psicológica é passageira? 
É o Eu Sou.

Esse é o “Eu” mais profundo, que não tem nada a ver com o passado e o futuro.

Quando cada pensamento absorve toda a sua atenção, isso mostra que você se identifica com a voz que está dentro da sua cabeça.
 O pensamento se confunde então com o sentido do “eu”. Esse é o “eu” criado pela mente, o que chamamos de “ego”.

Esse ego construído pela mente se sente totalmente incompleto e precário. 
Por isso o medo e o desejo são as emoções e forças dominantes e motivadoras desse ego. 
Quando você se dá conta de que existe uma voz na sua cabeça que pretende ser você e não para de falar, percebe que, de forma inconsciente, você vem se identificando com a corrente do pensamento. 
Quando percebe a existência dessa voz, você compreende que não é essa voz, mas a pessoa que a percebe.

Ter liberdade é saber que você é a consciência por trás dessa voz."

Eckhart Tolle

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