9 de agosto de 2011

"O Problema da Insegurança - por Krishnamurti



"Sem compreender-se o problema da insegurança, não é possível a segurança. Se buscamos segurança, não a encontraremos; a busca da segurança acarreta a destruição da própria segurança. É necessária a insegurança para a com preensão da Realidade, porém uma insegurança que não seja o oposto da segurança.

 Uma mente bem ancorada, uma mente que se sente segura em algum refúgio, jamais pode compreender a realidade. O desejo de segurança gera a indolência; torna a mente-coração inflexível e insensível, timorata e sem penetração; impede o estar acessível à realidade. Na profunda insegurança é-nos dada a percepção da Verdade.

Mas necessitamos de uma certa segurança, para vivermos: necessitamos de alimento, de vestuário e de morada, sem o que não é possível a existência. Seria relativamente simples organizar e distribuir eficientemente os recursos necessários à vida, se ficássemos satisfeitos só com o provimento de nossas necessidades fundamentais de cada dia.



 Não haveria egoísmo nem nacionalismo; não haveria expansão com petitória nem crueldade; não haveria necessidade de governos soberanos separados não haveria guerras se ficássemos inteiramente satisfeitos com o provimento de nossas necessidades diárias. Entretanto, assim não o é.

Mas, porque não é possível organizar os meios de atender às nossas necessidades? Não é possível, em virtude do conflito incessante de nossa vida cotidiana, com sua avidez, sua crueldade e seus rancores. Não é possível, porque nos valemos de nossas necessidades como meios para satisfação de nossas exigências psicológicas.



 Porque, interiormente somos estéreis, vãos, destrutivos, servimo-nos de nossas necessidades como meio de fuga. E assumem elas, por isso, importância muito maior do que realmente têm. Tornam-se, psicologicamente, de suma importância. Ganham, assim, enorme significado os valores mundanos. 


A propriedade, o nome, o talento, tornam-se meios para se galgarem posições, para se alcançar o poder e a dominação. Relativamente às coisas feitas pela mão ou pela mente, vivemos em perene conflito; por esse motivo, a elaboração de planos econômicos para a existência converte-se no problema predominante.


 Desejamos coisas que criem a ilusão de segurança e conforto, mas que só nos trazem conflito, confusão e antagonismos. Perdemos, na segurança das coisas produzidas pelo intelecto, aquela felicidade da Realidade criadora, cuja natureza intrínseca é a insegurança.


 A mente que busca a segurança vive em perene temor; nunca tem alegria, nunca experimenta o estado de potência criadora. A forma suprema do pensar-sentir é a compreensão negativa, e a sua verdadeira base, a insegurança.

Quanto mais estudamos o mundo sem compreendermos os nossos anseios, exigências e conflitos psicológicos, tanto mais complexo e insolúvel se torna o problema da existência. Quanto mais planejamos e organizamos a nossa existência econômica, sem compreender e transcender as nossas interiores paixões, temores, despeitos, tanto mais conflito e confusão haverão de surgir.



 O contentar-se com pouco resulta da compreensão de nossos problemas psicológicos, não da legislação ou do esforço determinado de ter poucas posses. Devemos eliminar, inteligentemente aquelas exigências psicológicas que encontram satisfação nas coisas, nas posições, na eficiência.


 Quando não procurarmos o poder e o domínio, quando deixarmos de ser egoístas, haverá a paz. Mas, enquanto nos servirmos das coisas, das relações, ou das idéias, como meios de satisfazer nossas sempre crescentes exigências psicológicas, haverá contendas e misérias.


 Com a isenção do anseio vem o correto pensar, e só este pode trazer a tranqüilidade."

Krishnamurti - Do livro: O Egoísmo e o Problema da Paz – ICK - 1945

7 de agosto de 2011

EGO, o falso centro!

 

"O primeiro ponto a ser compreendido é o ego.

Uma criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu próprio eu. E quando uma criança nasce, a primeira coisa da qual ela se torna consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é o outro.

Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz cheira o exterior. Todos esses sentidos abrem-se para fora. O nascimento é isso.

Nascimento significa vir a esse mundo: o mundo exterior. Assim, quando uma criança nasce, ela nasce nesse mundo. Ela abre os olhos e vê os outros. O outro significa o tu.

Ela primeiro se torna consciente da mãe. Então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. Esse também é o ‘outro’, também pertence ao mundo. Ela está com fome e passa a sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo. É dessa maneira que a criança cresce.

Primeiro ela se torna consciente do você, do tu, do outro, e então, pouco a pouco, contrastando com você, com tu, ela se torna consciente de si mesma.

Essa consciência é uma consciência refletida. Ela não está consciente de quem ela é. Ela está simplesmente consciente da mãe e do que ela pensa a seu respeito. Se a mãe sorri, se a mãe aprecia a criança, se diz ‘você é bonita’, se ela a abraça e a beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma. Assim, um ego começa a nascer.

Através da apreciação, do amor, do cuidado, ela sente que é ela boa, ela sente que tem valor, ela sente que tem importância. Um centro está nascendo. Mas esse centro é um centro refletido. Ele não é o ser verdadeiro. A criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensam a seu respeito.

E esse é o ego: o reflexo, aquilo que os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a aprecia, se ninguém lhe sorri, então, também, um ego nasce – um ego doente, triste, rejeitado, como uma ferida, sentindo-se inferior, sem valor. Isso também é ego. Isso também é um reflexo.

Primeiro a mãe. A mãe, no início, significa o mundo. Depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. E quanto mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos outros são refletidas.

O ego é um fenômeno cumulativo, um subproduto do viver com os outros. Se uma criança vive totalmente sozinha, ela nunca chegará a desenvolver um ego. Mas isso não vai ajudar. Ela permanecerá como um animal. Isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro eu, não.

O verdadeiro só pode ser conhecido através do falso, portanto, o ego é uma necessidade. Temos que passar por ele. Ele é uma disciplina. O verdadeiro só pode ser conhecido através da ilusão. Você não pode conhecer a verdade diretamente.

Primeiro você tem que conhecer aquilo que não é verdadeiro. Primeiro você tem que encontrar o falso. Através desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.

O ego é uma necessidade; é uma necessidade social, é um subproduto social. A sociedade significa tudo o que está ao seu redor, não você, mas tudo aquilo que o rodeia. Tudo, menos você, é a sociedade.

E todos refletem. Você irá à escola e o professor refletirá quem você é. Você fará amizade com as outras crianças e elas refletirão quem você é. Pouco a pouco, todos estarão adicionando algo ao seu ego, e todos estarão tentando modificá-lo, de modo que você não se torne um problema para a sociedade.

Eles não estão interessados em você. Eles estão interessados na sociedade. A sociedade está interessada nela mesma, e é assim que deveria ser. Eles não estão interessados no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo. 

Interessa-lhes que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade. Você deveria ajustar-se ao padrão.

Assim, estão interessados em dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Ensinam-lhe a moralidade. Moralidade significa dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Se você for imoral, você será sempre um desajustado em um lugar ou outro…

Moralidade significa simplesmente que você deve se ajustar à sociedade. Se a sociedade estiver em guerra, a moralidade muda. Se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente. 

A moralidade é uma política social. É diplomacia. E toda criança deve ser educada de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade está interessada em membros eficientes. A sociedade não está interessada no fato de que você deveria chegar ao autoconhecimento.

A sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O Eu nunca pode ser controlado e manipulado. Nunca se ouviu dizer que a sociedade estivesse controlando o Eu – não é possível.

E a criança necessita de um centro; a criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A sociedade lhe dá um centro e a criança pouco a pouco fica convencida de que esse é o seu centro, o ego dado pela sociedade.

Uma criança volta para casa. Se ela foi o primeiro lugar na escola, a família inteira fica feliz. Você a abraça e beija; você a coloca sobre os ombros e começa a dançar e diz ‘que linda criança! você é um motivo de orgulho para nós.’ Você está dando um ego para ela, um ego sutil. 

E se a criança chega em casa abatida, fracassada, foi um fiasco na escola – ela não passou de ano ou tirou o último lugar, então ninguém a aprecia e a criança se sente rejeitada. Ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se sente abalado.

O ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. E é por isso que você está continuamente pedindo atenção.

Você obtém dos outros a ideia de quem você é. Não é uma experiência direta.

É dos outros que você obtém a ideia de quem você é. Eles modelam o seu centro. Mas esse centro é falso, enquanto que o centro verdadeiro está dentro de você. O centro verdadeiro não é da conta de ninguém. Ninguém o modela. Você vem com ele. Você nasce com ele.

Assim, você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Esse é o Eu. E o outro centro, que é criado pela sociedade – o ego. Esse é algo falso – é um grande truque.

 Através do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente assim a sociedade irá apreciá-lo. Você tem que caminhar de uma certa maneira; você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. 

Somente assim a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, você já não sabe quem você é."

OSHO, Além das Fronteiras da Mente

6 de agosto de 2011

Desenvolva seu lado espiritual na vida diária!

 
 "Outro dia, lendo uma revista, li a resposta da Monja Coen sobre como podemos desenvolver a espiritualidade na vida diária.

Ela disse:

“Não pense que espiritualidade está apenas em templos, igrejas e montanhas: ela está onde você está. A palavra espírito vem da nossa capacidade de inspirar e expirar. Se alguém me insulta e sou capaz de compreendê-lo, sem me deixar levar pela raiva, pela vingança ou pela tristeza, estou praticando a espiritualidade. O estresse, a pressa e o trânsito são ótimas oportunidades de prática espiritual. Ao perceber a tensão, já me coloco em outro patamar: inicio um processo de autoconhecimento, percebo o que impulsiona e o que me retrai. A vida urbana nos dá ótimas oportunidades para aprimorar a paciência, a tolerância, o respeito à vida, a sabedoria e a compaixão. Todos os seres são conectados. Faça o seu melhor, respira profundamente e seja gentil.”

Gostaria que você fizesse uma contemplação sobre esses sábios ensinamentos Contemplar (praticar dharana)é um passo importante do yoga para o autoconhecimento e desenvolvimento espiritual.

Consiste em autoindagação, autoinvestigação, sem fazer julgamentos, sem cobranças. É um momento de reflexão para perceber seus erros, sem se culpar. E, sim, com a intenção de aprendizado e aprimoramento de virtudes.

Para fazer isso, gostaria que você lesse novamente a resposta da Monja Coen.

Agora, contemple como você pode aplicar esses ensinamentos na sua realidade, no seu dia a dia.

Reflita como pode viver o princípio Ético do Yoga: A não violência, nos relacionamentos familiares, com os amigos, com o chefe, com os colegas de trabalho, no trânsito, nas reuniões de trabalho e de condomínio.

Perceba como pode desenvolver tolerância, paciência e gentileza com você, com as outras pessoas, no trânsito, no meio de toda a sua atividade diária.

Abra-se para perdoar, esquecer conflitos e libertar-se da raiva.

Essa tem sido minha busca pela espiritualidade. Entendi que não basta ir apenas a igrejas, participar de reuniões espirituais ou palestras, mas é essencial a prática da não violência comigo, com os outros, com a natureza e o aprimoramento das virtudes.

Tenho procurado desenvolver as virtudes divinas, que já existem dentro de mim (e de nós!), como jóias preciosas. Qualidades como: compaixão, tolerância, paciência, bondade, perdão e gentileza.

Essas virtudes são nossos tesouros interiores, esperando para serem desenvolvidas por nós.

Com a prática regular da meditação, encontrei meu santuário interior. E, hoje basta fechar meus olhos, que logo me conecto com esse espaço de paz dentro de mim. Esse apoio interno me traz confiança e serenidade.

Essa serenidade é uma grande conquista, pois precisamos senti-la nos momentos felizes e também nos momentos tristes.

Em vários momentos desafiantes de minha vida, essa serenidade veio de dentro, me apoiando, me fazendo superar, de maneira mais fácil, as dificuldades, as dores do corpo e também as dores da alma.

Essa serenidade é o fruto das minhas práticas espirituais do yoga: meditação, canto de mantras, contemplação, altruísmo, o cumprimento do dharma (missão de vida), que é o nosso correto dever, sem querer o fruto de nossas ações.

Superei muitos medos, dissolvi mágoas, raiva e ansiedade. Abri meu coração para perdoar a mim e as outras pessoas. E, desta maneira, fui me libertando, sentido alegria interior e paz de espírito.

Minha maior conquista tem sido me libertar da raiva, nosso maior inimigo nesse planeta. Se, por acaso, sinto raiva, procuro dissolvê-la imediatamente com o mantra Om Namah Shivaya, com a respiração, com pensamentos de Deus.

Compreendi que sentir raiva é humano, mas não devemos dormir com raiva, nem alimentá-la o dia todo. Procuro transcender a raiva, com o autoconhecimento, tolerância e compreensão. Evoluídos sentem raiva só por um minuto -

Perguntaram a Santa Rabi’: “Você alguma vez sente raiva?

Ela respondeu: “Sim, mas só quando me esqueço de Deus.”

Tenho procurado aplicar esse grande ensinamento. Se eu preencho meu coração com amor por Deus, não haverá espaço para a raiva.

Na Bhagavad Gita, escritura do yoga, Krishna diz a Arjuna:

“Oh! Arjuna, deixe de pensar em seus inimigos externos. E, em vez disso, conquiste seus inimigos internos."

A Bhagavad Gita diz que a raiva é nosso pior inimigo. Ela nos causa um dano enorme, tirando nossa paz e plenitude.

Perceba como a raiva muda seu humor, seu coração, tira sua alegria e serenidade.

Se você deseja evoluir espiritualmente, aprenda a vencer essa tendência de ficar com raiva. Se você controlá-la, transcendê-la, ela se transformará em coragem, em amor. Fique em paz! Namastê! Deus em mim saúda Deus em você”!"

por Emilce Shrividya Starling

4 de agosto de 2011

SER FELIZ É UMA DECISÃO!


"Uma senhora de 92 anos, delicada, bem vestida, com o cabelo bem penteado e um semblante calmo, precisou se mudar para uma casa de repouso.

Seu marido havia falecido recentemente e a mudança se fez necessária, pois ela era deficiente visual e não havia quem pudesse ampará-la em seu lar.

Uma neta dedicada a acompanhou.

Após algum tempo aguardando pacientemente na sala de espera, a enfermeira veio avisá-las que o quarto estava pronto.

Enquanto caminhavam, lentamente, até o elevador, a neta, que já havia vistoriado os aposentos, fez-lhe uma descrição visual de seu pequeno quarto, incluindo as flores na cortina da janela.

A senhora sorriu docemente e disse com entusiasmo:

Eu adorei!

Mas a senhora nem viu o quarto... Observou a enfermeira.

Ela não a deixou continuar e acrescentou:

A felicidade é algo que você decide antes da hora.

Se eu vou gostar do meu quarto ou não, não depende de como os móveis estão arranjados, e sim de como eu os arranjo em minha mente.

E eu já me decidi gostar dele...

E continuou:

 é uma decisão que tomo a cada manhã quando acordo. Eu tenho uma escolha, posso passar o dia na cama remoendo as dificuldades que tenho com as partes de meu corpo que não funcionam há muito tempo, ou posso sair da cama e ser grata por mais esse dia.

Cada dia é um presente, e meus olhos se abrem para o novo dia das memórias felizes que armazenei...A velhice é como uma conta no banco, minha filha... De onde você só retira o que colocou antes.


A lição de uma pessoa idosa e sem a visão dos olhos físicos é de grande profundidade e contém ensinamentos valiosos.



E o primeiro deles é que a felicidade é uma decisão pessoal.

Depende mais da nossa disposição mental do que das circunstâncias que nos rodeiam.

Cada pessoa tem, na intimidade, o potencial de armazenar as belezas que deseja ver em sua tela mental, ainda que ao seu redor a paisagem seja deprimente.

Para isso é preciso construir um mundo de felicidade nesse banco de lembranças que Deus ofereceu a cada um de seus filhos.

E quando se constrói um mundo de paz e felicidade, portas à dentro da alma, é possível compartilhar essa realidade com aqueles que nos cercam.

Assim é que se não temos em nossa vida os enfeites que desejamos, arranjemos tudo isso em nossa mente. É uma forma de ver as coisas com olhar positivo e otimista.

Além disso, como toda criação começa na mente, é bem possível que venhamos a concretizar esse sonho alimentado na alma.

Se você ainda não havia pensado nessa possibilidade, pense agora.

Comece, sem demora, a depositar felicidade na conta do banco das suas lembranças, para poder resgatar sempre que desejar.

Pense nisso!

Se você abrir a janela, pela manhã, e seus olhos físicos puderem ver apenas paisagens deprimentes, abra as janelas da alma e contemple um jardim em flor.

Respire fundo e sinta o perfume de jasmim, de rosas e cravos, ouça o canto dos pássaros que voam, ligeiros, pelo ar.

Perceba a brisa acariciando seu rosto, e curta a melodia dos grilos e cigarras que cantam para alegrar suas horas.

Decida ser feliz, ainda que seja uma felicidade que só você pode sentir.
E, lembre-se sempre: a felicidade não depende de como as coisas estão arranjadas, mas de como você as arranja na sua mente."

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na história da Sra. Maurine Jones, contada por Cheri Pape 

Fonte:http://www.momento.com.br

3 de agosto de 2011

Vida em Movimento - por Robert Happé


 "Existe muita energia sendo derramada, e o trabalho é ficar limpo, especialmente a mente.Dor significa uma recusa em abandonar a limitação. 

As polaridades precisam ser experimentadas até que você conclua as lições.
Cada um de nós é duramente testado pelas energias de conflito, dentro dos relacionamentos e no relacionamento com você mesmo. 

A escuridão (o negativo) serve ao seu propósito a este respeito.
A esperança do Criador é que você pare de sentir que está só quando se trata de problemas ou dificuldades. Em vez disso abra seu coração para a abundância dos ajudantes invisíveis, eles estão esperando seu convite para te ajudar. 

Não deixe o medo controlar o seu precioso coração e sua psique.
Simplesmente vá para dentro de voce e deixe que sua alma lhe assegure.
Apenas evite dar energia para aquilo que você não quer experimentar. 

Quando você começa a reconhecer as oportunidades relevantes que lhe são apresentadas diariamente, a harmonia em breve seguirá. Você só precisa aprender a escolher sabiamente o que vai pensar. 

Todas as respostas estão na alma, apenas aprenda a traduzir a mensagem que ela envia para sua mente consciente. 

Estamos todos participando do processo de reformulação, e ele vai continuar até que as velhas formas de viver cheguem ao fim. 

Aqueles que despertam, fazem um esforço imenso para transformar suas tendências escuras. 

A era de ouro não é um presente, mas um esforço em co-criação daqueles que acreditam que amor é o poder."


Robert Happé

Sete passos para a superação do ego por Wayne W Dyer -

 
1-Você não se resume as suas conquistas e vitórias. 

Uma coisa é gostar de competir e se divertir num mundo onde vencer é tudo, mas não precisa ser assim em seus pensamentos. Não há perdedores num mundo onde todos compartilham da mesma fonte de energia. Só se pode afirmar que, em determinado dia, sua atuação esteve num certo nível comparada a outras. Mas cada dia é diferente, com outros competidores e novas situações a serem consideradas. 
Você continua sendo a infinita presença num corpo que está a cada dia ou a cada década, mais velho. Pare com essa necessidade de vencer, não aceite o conceito de que o contrário de vencer é perder. Esse é o medo do ego. Se seu corpo não está respondendo de forma vencedora, não importa, significa que você não está se identificando unicamente com seu ego. 

2-Seja um observador

perceba e aprecie tudo sem a necessidade de ganhar um troféu. Esteja em paz e alinhe-se com a energia da intenção. De forma inusitada, as vitórias aparecerão mais em seu caminho quanto menos as desejá-las.

3. Abandone o querer estar certo.

O ego é a raiz de muitos conflitos e desavenças porque o impulsiona julgar as pessoas como erradas. Quando a pessoa é hostil, houve uma desconexão com o poder da intenção. O Espírito de Criação é generoso, amoroso e receptivo; e livre de raiva, ressentimento ou amargura. 
Cessar a necessidade de ter razão nas discussões e nos relacionamentos é como dizer ao ego; "Não sou seu escravo. Quero me tornar generoso. Quero rejeitar a necessidade de ter razão". 
Dê a oportunidade de se sentir bem dizendo a outra pessoa que ela está certa, e agradeça-a por lhe direcionar ao caminho da verdade".
Ao deixar de querer ter razão, você fortalece a conexão com o poder da intenção. Mas fique atento, pois o ego é um combatente determinado. Tenho visto pessoas terminarem lindos relacionamentos por apego a necessidade de estarem certas. Preste atenção à vontade controlada pelo ego. Quando estiver no meio de uma discussão, pergunte a si mesmo; "Quero estar certo ou ser feliz?" Ao optar por ser feliz, amoroso e predisposto espiritualmente, a conexão com a intenção se fortalecerá. Esses momentos expandem novas conexões com o poder da intenção. A Fonte universal começará a colaborar com você para uma vida criativa ao qual foi predestinado a viver. 

4. Abandone o querer ser superior.

A verdadeira nobreza não é uma questão de ser melhor que os outros. 
É uma questão de ser melhor ao que você era. Concentre-se em seu crescimento, consciente de que ninguém neste planeta é melhor que ninguém. 
Todos nós emanamos da mesma força de vida criadora. Todos temos a missão de realizar nossa pretendida essência, tudo que precisamos para cumprir nosso destino está ao nosso alcance. 
Mas nada é possível quando nos sentimos superiores aos outros. É um velho ditado e, todavia, verdadeiro: somos todos iguais aos olhos de Deus. Abandone a necessidade de sentir-se superior, perceba a expansão de Deus em cada um. 
Não julgue as pessoas pelas aparências, conquistas, posses e outros índices do ego. 
Ao projetar sentimentos de superioridade retorna a você sentimentos de ressentimentos e até hostilidade. Esses sentimentos são veículos que os levam para longe da intenção. 
A distinção sempre leva a comparações. Baseia-se na falta vista no outro, e se mantém pela procura e ostentação das falhas percebidas

5. Deixe de querer ter mais.

O mantra do ego é "mais". Ele nunca está satisfeito. Não importa o quanto conquistou ou conseguiu, o ego insiste que ainda não é o suficiente. Ele põe você num estado perpétuo de busca e elimina a possibilidade de chegada. Na realidade, você já está lá e a forma que opta para usar esse momento presente da vida é uma escolha. Ao cessar essa necessidade por mais, as coisas que mais deseja começam a chegar até você. Sem o apego da posse, fica mais fácil compartilhar com os outros. Você percebe o pouco que precisa para estar satisfeito e em paz.
A Fonte universal é feliz nela mesma, expande-se e cria vida nova constantemente. Nunca obstrui suas criações por razões egoístas. Cria e deixa ir. Ao cessar a necessidade do ego de ter mais, você se unifica com a Fonte. Como um apreciador de tudo que aparece, aprende a lição poderosa de São Francisco de Assis: "É dando que se recebe". Ao permitir que a abundância lhe banhe, você se alinha com a Fonte e deixa essa energia fluir. 

6. Abandone a idéia de você baseado em seus feitos.

É um conceito difícil quando se acredita que a pessoa é o que ela realiza. Deus compõe todas as músicas. Deus constrói todos os prédios. Deus é a fonte de todas as realizações. Posso ouvir os egos protestando em alto e bom som. Mas, vá se afinizando com essa idéia. Tudo emana da Fonte! Você e a Fonte são um só! Você não é esse corpo ou os seus feitos. 
Você é um observador. Veja tudo ao seu redor e seja grato pelas habilidades acumuladas. Todo crédito pertence ao poder da intenção, o qual lhe fez existir e do qual você é uma parte materializada. Quanto menos atribuir a si mesmo suas realizações, mais conectado estará com as sete faces da intenção, mais livre será para realizar e muito aparecerá em seu caminho. Quando nos apegamos às realizações e acreditamos que as conseguimos sozinhos abandonamos a paz e a gratidão à Fonte.

7. Deixe sua reputação de lado.

Sua reputação não está localizada em você. Ela reside na mente dos outros. Você não tem controle algum sobre isso. Ao falar para 30 pessoas, terá 30 imagens. 
Conectar-se com a intenção significa ouvir o coração e direcionar sua vida baseado no que a voz interior lhe diz. Esse é o seu propósito aqui. Ao preocupar-se demasiadamente em como está sendo visto pelos outros, mostra que seu eu está desconectado com a intenção e está sendo guiando pelas opiniões alheias. É o seu ego no controle. É uma ilusão que se levanta entre você e o poder da intenção. 
Não há nada a fazer, a não ser que você se desconecte da fonte de poder convencido de que seu propósito é provar o quão poderoso e superior é, desperdiçando sua energia na tentativa de obter uma reputação maior entre outros egos. Faça o que fizer, guie-se sempre pela voz interior conectada e seja grato à Fonte.
Atenha-se ao propósito, desapegue-se dos resultados e assuma a responsabilidade do que reside dentro de você: seu caráter. Deixe os outros discutirem sobre a sua reputação, isso não interessa. Ou como o título de um livro diz: O que você pensa não me diz respeito!" 

Pensamentos negativos!


[...] "Quando um pensamento pernicioso surge, é a fixação a ele, “quero isso… quero fazer isso…”, que faz o marcador do carma começar a funcionar.


 Se você estiver meditando e surgir uma imagem ou desejo desagradável, não tem problema. Um pensamento malévolo, invejoso ou egoísta que surge no espaço de sua mente não acumula um carma negativo.

Nenhum mal acontece pela presença de pensamentos negativos, se você não se fixar neles.



 Quando é permitido que eles desapareçam por conta própria, sua mente permanecendo como um espaço, não há acúmulo de carma.

O problema é um conscientização pegajosa que se fecha sobre os pensamentos negativos do tipo “Oh, como posso pensar nisso… mas gosto de pensar… mas não deveria…” 



A identificação, a fixação é o problema, não os pensamentos em si."

B. Alan Wallace, em “Budismo com Atitude”.            Fonte:http://samsara.blog.br/      


2 de agosto de 2011

Viver sem Temor! por Jiddu Krishnamurti

"O MEDO é a própria natureza do "eu" porque o "eu" se vê continuamente ameaçado, de diferentes maneiras, principalmente nas grandes crises; e como vivemos cheios de medo e não encontramos outra solução, pomo-nos em fuga por caminhos diversos, ou corremos para os lideres políticos, ou religiosos. 
Este problema não pode ser resolvido por nenhum líder e por nenhum dogma. Não há exercito, nação ou idéia que possa trazer a paz ao mundo.

 Quando cada um de nós for capaz de compreender a si mesmo como um processo total - não meramente o problema econômico ou o problema das massas, mas o processo integral de nós mesmos, como indivíduos - então, na compreensão desses processos, surgirá a paz.

 Só então poderá haver segurança. Se pusermos, porém, em primeiro lugar a segurança, se a consideramos como coisa mais importante da vida, nesse caso nunca haverá paz; só escuridão e temor.
SE puderdes, simplesmente, estar cônscio de que vos servis do percebimento, como uma moeda, para comprar alguma coisa, e prosseguirdes deste ponto de partida, começareis então a descobrir todo o processo do vosso pensar, do vosso ser, nas relações da existência.

SE uma pessoa sabe que a verdade não pode ser achada por intermédio de ninguém, de nenhum livro, de nenhuma religião; que a Realidade só se torna existente quando a mente está de todo tranqüila; que a tranqüilidade só pode vir com o autoconhecimento, e que o autoconhecimento não lhe pode ser dado por ninguém mas tem de ser descoberto por ela própria, momento por momento -- então, por certo, aparece uma tranqüilidade mental, que não é morte, mas uma paz realmente criadora, e só então pode surgir o Eterno.

SE a mente está em busca de uma segurança qualquer, oferecida por um líder, uma determinada maneira de viver, uma determinada nacionalidade ou grupo, essa mente só pode criar confusão no mundo, e mais sofrimento, conforme se está vendo na hora atual. 
Importa, pois, cada um de nós descubra, por si mesmo, o que é, mediante o abandono da autoridade, o que é extremamente difícil; e a percepção do que é, o descobrimento do que é, será o processo libertador.

 Como sabeis, porém, quase todos nós temos medo de ficar desprotegidos, completamente sós, e por isso cada um se esquiva a ser um ente emancipado, capaz de descobrir as coisas por si mesmo."

KRISHNAMURTI
Fonte:http://nossaluzinterior.blogspot.com/

1 de agosto de 2011

AGITAÇÃO MENTAL: veja como ela pode bloquear sua conexão com Deus


"Essa afirmação sempre gera polêmica, mas ela tem um fundamento que procurarei explicar, que realmente poderá lhe mostrar o quanto somos controlados por nossa mente.

Experimente fechar os olhos agora, por cinco minutos, com a ideia de manter-se em silêncio, esvaziar a mente mesmo. Será que você consegue limpar-se de visões internas, pensamentos e burburinhos mentais?

Provavelmente não.

Na tentativa de cessar esse ritmo, você perceberá com certa frequência que vagará de uma pensamento para outro, de uma idéia para outra, de uma visão para outra, sucessivamente. A mente é frenética, não para. Podemos até diminuir essa freqüência mental por algum período  menor ou maior de acordo com o treino que a pessoa se submete  mas pará-la é quase impossível para a maioria de nós.

A conclusão óbvia que chegamos: não controlamos a nossa mente, mas ela nos controla. Diga-se de passagem, trata-se de uma constatação alarmante, principalmente porque no século XXI já temos a comprovação necessária, até mesmo no campo da ciência, que pensamentos criam realidades, logo, somos o que pensamos.

Se nossos pensamentos criam a nossa realidade, mas esses são criados descontroladamente por nosso mental, então nossa realidade será produzida igualmente em desordem. Esse é o ponto. Precisamos aprender a escolher o que pensar, precisamos pegar as rédeas das nossas vibrações mentais, por isso devemos dedicar tempo e cuidado na arte de domar a nossa mente, para que nossa realidade aconteça conforme nossos objetivos, e não aleatoriamente como conseqüência de nossa agitação mental.

Mas para melhor introduzir o tema e sua elevada importância, antes é importante falar da energia imanente ou cósmica, que é a energia que está presente em todo o cosmos, em todo universo. Ela permeia, nutre e forma o universo e todos os seres que nele habitam. Quando essa energia permeia nossos corpos, ou melhor, nos nutre, nós a absorvemos naturalmente e a transformamos, impregnando-a com nossas características de personalidade.

Quando essa força nos toca, nossos pensamentos e emoções magnetizam-na com a essência do teor desses pensamentos e emoções. Ou seja, formamos a nossa aura corpórea, criada por essa energia extrafísica que assume as características da personalidade do indivíduo. Isso quer dizer que se uma pessoa é feliz, ela impregnará a energia imanente com a vibração da felicidade. Também quando uma pessoa é depressiva, a sua aura é conformada pela vibração da depressão. Por isso a aura de uma pessoa, que é o seu campo energético, manifesta a sua própria personalidade.

Quando a energia cósmica nutre uma pessoa, que passa a impregná-la com a vibração de sua personalidade, essa se torna energia consciencial.

A energia cósmica é pura, leve, suave, equilibrada as nossas necessidades. Todo dia recebemos permanentemente o abastecimento dessa energia sutil, e, pela ação dos nossos pensamentos e sentimentos, alteramos-lhe o padrão passando a densificá-la pela nossa ignorância e desequilíbrio.

Essa visão comprova que somos os criadores da nossa cura, assim como somos os criadores da nossa doença, porque se nossa mente não parar de oscilar pensamentos frenéticos, desajustados, aleatoriamente, ela alterará o padrão da energia cósmica, transformando-a em energia consciencial totalmente nociva, pela ação impregnante de pensamentos e emoções tóxicas.

Deus é a Fonte da energia imanente, que nutre e mantém a vida, que nos alimenta de saúde e vitalidade. Mas como beneficiarmo-nos dessa dádiva, se ao recebermos o fluxo dessa luz Divina diariamente, a transformamos em uma seiva tóxica que nos adoece e nos ilude? Como estar em sintonia com Deus se quando sua mão nos toca todos os dias, a rejeitamos?

Deixar que os pensamentos tóxicos, negativos, pessimistas, tomem conta de nós é fechar as portas para as bênçãos cósmicas que recebemos constantemente.

Mas não se tratam apenas de pensamentos negativos, carregados de maldade ou ódio, eis aí o fator mais alarmante. O estresse, a agitação, a hipeartividade mental e a futilidade também são exemplos de padrões que escurecem ou densificam a energia imanente.
 Portanto esses erros cotidianos nos afastam de Deus, ou melhor, nos adoece, porque toda energia imanente absorvida por consciências confusas  que é teoricamente 99% da população - dá origem a energias consciências debilitadas, que por consequência darão origem as doenças do corpo físico.
Essa visão também explica o motivo pelo qual, muitas pessoas que se dizem descrentes de Deus, ainda assim podem ser felizes e saudáveis. Isso acontece porque a energia imanente, que vem da Fonte Maior, não julga, não quer que você seja dessa ou daquela religião, que siga uma ou outra doutrina, mas prefere que você tenha bons pensamentos, e boas emoções, para manter-se em sintonia com Ela. Esse é o significado mais íntimo, mais profundo da palavra livre arbítrio.

Diante desses apontamentos de elevada importância, então como manter a Conexão constante com Deus nos dias atuais?

Precisamos aprender reservar momentos do dia que tenham a finalidade de cessar a frequência mental. Temos que treinar nossos pensamentos e emoções para que fiquem de fora, no sentido de manterem-se neutros, por pelo menos cinco minutos, duas, três, quatro ou mais vezes ao dia. Por incrível que isso possa parecer, a esmagadora maioria das pessoas não sabe o que é isso, tampouco imaginam os benefícios dessa simples prática.

Quer ter saúde? Aprenda isso! Quer ser feliz? Aprenda isso! Quer ter idéias e virtudes boas? Aprenda isso! Quer ser consciente da vida, do mundo e da sua missão aqui na Terra? Aprenda isso. E porque somos assim?

Porque nossa mente recebe os pensamentos, aceita-os de acordo com nossas crenças e experiências, e os incorpora como rotina. Uma vez que essa rotina se estabelece em nossa mente, ela passa a ter vida própria, como um programa de computador, passa a executar suas tarefas, naturalmente, já não mais tendo a necessidade de ser alimentada, porque já está gravada por base nas experiências vividas.

Precisamos quebrar esses programas de crença, em primeiro lugar querendo muito! Esse é o ponto principal, querer uma vida melhor, querer sentir o sabor de uma vida com maior conexão com Deus. Mas essa vontade precisa ser intensa.

Uma vez que essa barreira da vontade for vencida, e que você estiver realmente munido da intenção de fazer a mudança, aí será necessário uma mínima disciplina para todos os dias, várias vezes no período, estabelecer uma conexão mental com o vazio! Sim, o vazio dos seus pensamentos, porque é ali que a energia imanente, pura e primordial se encontra. Quanto mais vazio na sua mente, mais Deus fará parte da sua experiência de vida.

Você pode buscar o vazio de diferentes formas, que sejam positivas e que não gerem conseqüências a ninguém. Você pode fazer isso pela oração, meditação, Ioga, Reiki, devoção a um santo, em um grupo, em uma sociedade fraterna, no meio da natureza, no culto, em um ritual, na missa, em qualquer lugar. Existem ilimitadas formas de acessar essa Fonte da Vida, ou o Cristo Planetário. Cabe a nós consciência do nosso potencial e disciplina para manter um hábito condizente a preservação da qualidade da energia imanente.

Quando começamos e fazer a nossa parte no processo, que significa Orai e Vigiai a qualidade dos pensamentos e emoções, percebemos que sentimentos nobres tem a capacidade de melhorar ainda mais o padrão da energia imanente. Esse é o dom do despertar, é a dádiva de ser colaborador de Deus na busca por uma humanidade cada vez melhor. Quando conseguirmos isso, nos iluminaremos, no sentido mais íntimo que essa palavra propõe."

Por: Bruno J. Gimenes -Professor e palestrante, atua desde 2003 ministrando cursos e palestras pelo Brasil. Sua especialidade é o desenvolvimento da consciência com bases no desenvolvimento da espiritualidade e na missão de cada um. Autor de 6 livros. Criador da Fitoenergética e co-fundador do Luz da Serra. 

A PAZ INTERIOR! por Paramahansa Yogananda


"Deves executar todas as tuas ações de maneira pacífica,
pois a paz é a melhor medicina para o corpo, a mente e a alma.
Está é a forma mais maravilhosa de viver." (Paramahansa Yogananda)

"Existe uma cura para o estresse

A calma é o estado ideal com o qual deveríamos receber todas as
experiências da vida. O nervosismo é o oposto à calma e ocorre de forma
tão generalizada hoje em dia que se converteu em um mal mundial.
 O melhor remédio contra o nervosismo é cultivar a calma.Quem é calmo por 
natureza não perde sua capacidade de raciocinar nem seu sentido de 
justiça ou de humor em nenhuma circunstância. 

A serenidade é uma virtude formosa. Devemos modelar nossa vida 
de acordo com o desenho de um triângulo: os dois lados são a calma e a 
doçura, e o terceiro lado, a base, é a felicidade. Não importa se atuemos de 
forma rápida ou lenta, de forma solitária ou em meio ao burburinho, nosso 
centro interior deve ser equilibrado e sereno. Cristo é um exemplo deste 
ideal, pois onde quer que estivesse, sempre manifestava paz. Ele passou 
todas as provas imagináveis sem perder a serenidade. 

Vive a divina consciência de tua alma

Somos almas – eternas, imutáveis – feitas a imagem da felicidade 
imortal de Deus. Nossa vida deve refletir continuamente esse sempre 
renovado gozo. Jamais permita que nada lhe tire a felicidade interior. Deves 
aprender a arte de viver como uma alma intrépida, capaz de sorrir diante de
qualquer problema. 

O seu estado natural é o da alegria permanente. A felicidade que 
buscas consiste em ser tão feliz que possa desfrutar de qualquer coisa que possua. Não é muito melhor que perambular tolamente pelo mundo como um inquieto demônio, incapaz de encontrar satisfação em nada? 

Quem medita profundamente sente uma maravilhosa quietude interior. Quanto maior é a paz que sentes na meditação, mais próximo estarás de Deus. Ele se aproxima de ti cada vez mais, à medida que te aprofundas na meditação. A paz da meditação constitui a linguagem do Senhor e o seu confortante abraço. 

Ganhar a batalha da vida cotidiana

Se és capaz de conservar a paz interior, lograste a vitória suprema.
Qualquer que seja tua situação na vida, jamais se sinta justificado para 
perder a paz. Quando esta te abandona e não podes pensar com claridade, 
então perdeste a batalha. Se nunca malogras tua paz, perceberás que a 
vitória te acompanha sempre, independentemente de como se resolvem 
teus problemas. Essa é a forma de conquistar a vida. 

Em todo momento, pratica a calma imperturbável. Converte-te no rei, 
no monarca absoluto, de teu próprio reino mental de calma. Não permitas 
que nada te perturbe esse aprazível reino de calma. Noite e dia, leva 
contigo o gozo da “paz de Deus que supera todo entendimento”. 

Essa equanimidade mental – preservada graças à prática regular da 
meditação profunda – elimina o aborrecimento, a decepção e as aflições da 
vida diária, transformando a vida numa interessantíssima e alegre 
experiência da alma. 

Não espere até amanhã 

O mundo venera os homens poderosos, tais como Alexandre Magno e Napoleão. Agora, pense no estado mental de tais personagens ! Considera agora a paz que desfrutava Cristo: uma paz que não podia ser arrebatada por nada. Tendemos a pensar que buscaremos esta paz amanhã, mas dessa forma jamais a encontrarão. Busca-a agora mesmo. 

A maioria das pessoas é como a mariposa que voltea sem propósito 
algum. Parece nunca chegar realmente a nenhum lugar, nem deter-se mais 
de algum instante, antes que nova distração a atraia. A abelha, todavia,
trabalha e se prepara para os tempos difíceis. A mariposa vive unicamente 
conforme o dia. Quando chega o inverno, a mariposa desaparece, enquanto
que a abelha permanece armazenando o alimento para viver. Devemos 
aprender a recolher e armazenar o mel da paz e o poder de Deus. 

Concentra tua atenção em teu interior. Sentirás um novo poder, uma nova força e uma nova paz, em teu corpo, mente e espírito. Você tem o privilégio e a oportunidade de construir teu próprio céu aqui mesmo, e conta com todos os meios para fazê-lo. 

A calma confere harmonia e equilíbrio a todas as atividades 

A pessoa serena identifica totalmente seus sentidos com o meio 
ambiente que a rodeia. A pessoa inquieta nada percebe. 
Consequentemente, encontra-se em dificuldades consigo mesma e com os demais, e a tudo interpreta errado. A pessoa serena, em virtude do seu autodomínio, está continuamente em paz com os demais e é sempre feliz. Jamais permita que o centro de tua serena concentração seja influenciado pela inquietude. Realiza sempre tuas atividades com concentração. 

O bom juízo é uma expressão natural da sabedoria, mas depende diretamente da harmonia interior, isto é, do equilíbrio mental. Quando a mente carece de harmonia, não há paz. Sem paz, falta-lhe tanto o juízo como a sabedoria. A vida está cheia de tropeços e revezes. Nos momentos de prova, que requerem o teu juízo mais lúcido, alcançarás a vitória se preservares teu equilíbrio mental. A harmonia interior é teu maior apoio para superar o peso da vida. 

Muitas pessoas pensam que suas ações podem ser somente inquietas ou lentas, mas isso é falso. Se conservares a serenidade, com intensa concentração, levarás a cabo todos os teus deveres com a rapidez apropriada. A arte da verdadeira ação consiste em ser capaz de atuar lenta ou rapidamente, mas sem perder a paz interior. O método adequado consiste em estabelecer uma atitude controlada, na qual possas desempenhar tuas atividades com paz, sem perder teu equilíbrio interior. 

Uma pessoa serena reflete tranquilidade em seus olhos, aguda inteligência em seu rosto e uma adequada receptividade mental. É uma pessoa diligente e de decidida ação, mas seus atos não estão movidos por impulsos e desejos que repentinamente chegam a sua mente. A pessoa inquieta é semelhante a uma marionete que dança ao som dos desejos emocionais que surgem em resposta às tentações oferecidas por outros indivíduos. Trabalhando lentamente ou com rapidez, assegura-te de fazê-lo
sempre a partir do centro de serenidade.

Equilibra a vida espiritual e material

O material e o espiritual são duas partes de um único Universo e uma única Verdade. Ao dar preponderância a uma parte sobre a outra, o ser humano não logra o equilíbrio necessário para um desenvolvimento harmonioso. Pratica a arte de viver neste mundo sem perder a paz mental em teu interior. Segue o caminho do equilíbrio para alcançar o maravilhoso jardim interior de realização do ser. 

Simplifica vida 

O ser humano moderno baseia seu prazer em obter mais e mais posses, sem se importar com o que possa acontecer aos demais. Mas não seria melhor viver com simplicidade, isto é, sem muito luxo e com menos preocupações? Não existe prazer em trabalhar demais até o ponto em que não possa desfrutar do que possui. 

A grande necessidade do ser humano consiste em encontrar mais tempo para desfrutar da natureza, simplificar sua vida e suas necessidades imaginárias, satisfazer as verdadeiras necessidades da existência e aprender a conhecer melhor os filhos e os amigos e, sobretudo, conhecer-se a si mesmo e ao Deus que o criou."

Texto compilado do livro LA PAZ INTERIOR – El Arte de ser calmadamente
activo y activamente calmado, de Paramahansa Yogananda. O livro pode ser
encontrado na livraria Omnisciência: www.omnisciencia.com.br .
Paramahansa Yogananda é um Mestre indiano que viveu por mais de 30 anos
- de 1920 a 1952 - nos Estados Unidos ensinando a Arte de Viver. Seu livro
Autobiografia de um Iogue clássica da literatura espiritual moderna, podendo ser encontrado nas melhores um best-seller permanente, é considerado uma obra clássica da literatura espiritual moderna, podendo ser encontrado nas melhores livrarias do país.

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