21 de dezembro de 2010

Os Filhos - Khalil Gibran


"Teus filhos não são teus filhos
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de ti, mas não de ti.
E embora vivam contigo, não te pertencem.


Podes dar teu amor, mas não teus pensamentos.
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podes abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que não podes visitar nem mesmo em sonho

Podes tentar ser como eles, mas não tente fazê-los como és,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.

Tu és o arco do qual teus filhos são arremessados como flechas vivas.

O Arqueiro mira o alvo na senda do infinito e estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem rápido e para longe

Que teu encurvamento na mão do Arqueiro seja tua alegria;
Pois assim como Ele ama a flecha que voa, ama também o arco que permanece estável."


Khalil Gibran

A Lei da Atração: A Mais Poderosa Lei do Universo - Abraham-Hicks

 "Cada pensamento vibra, cada pensamento irradia um sinal, e cada pensamento atrai um sinal de volta que combine com ele. Chamamos a este processo de Lei da Atração.

A Lei da Atração reza: Semelhante atrai semelhante. Assim, você pode ver a Lei da Atração como um Diretor Universal que cuida para que todos os pensamentos que combinam entre si se alinhem.

Este princípio pode ser entendido quando você liga seu rádio e deliberadamente o sintoniza com o sinal da torre de transmissão. Se você gira o seletor até o 98.6 FM você não espera ouvir o que está sendo transmitido na freqüência 101 FM. Você sabe que a freqüência vibratória do rádio deve combinar , e a Lei da Atração concorda com você.

Por isso, na medida que sua experiência o induz a lançar projéteis de desejos, você precisa encontrar formas de manter-se consistentemente em harmonia vibratória com tais desejos para que possa receber a manifestação deles.

Para O Que Você Está Dando Sua Atenção?

Sempre que está dando atenção a alguma coisa você está emitindo uma vibração, e a vibração que emite é o mesmo que pedir por algo, que é igual ao seu ponto de atração.

Se há alguma coisa que deseja que não tem agora, você só precisa colocar sua atenção nisto e, pela Lei da Atração, isto que deseja virá a você, porque ao pensar nesta coisa ou ao experimentar seu desejo, você emite uma vibração, então, pela Lei, esta coisa ou experiência deve vir para você.

Entretanto, se existe alguma coisa que você queira que ainda não tem, e você colocar sua atenção em seu atual estado de não ter o que deseja, então a Lei da Atração continuará a combinar com a vibração de não ter o que deseja, e você continuará não tendo o que deseja. Esta é a Lei."

Abraham-Hicks - Ask and It Is Given - pags 25 e 26
Tradução de Claudia Giovani 

Fonte:http://www.fadadasrosas.com.br

Existe vida após a morte? - OSHO

 "Essa é uma pergunta errada, sem sentido. A pessoa nunca deve saltar à frente de si mesma; há toda a chance de ela cair de cara no chão.

É preciso fazer a pergunta básica,
começar do começo. Minha sugestão é que se faça uma pergunta mais básica.

Por exemplo, você pode perguntar: "
Existe vida após o nascimento?"

Isso seria mais básico, porque
muitas pessoas nascem, mas poucas têm vida. Só o fato de nascer não é o bastante para você ter vida.  Você existe, certamente, mas a vida é mais do que mera existência.

Você nasceu, mas,
a menos que renasça em seu ser, você não vive, nunca vive."

Osho, em "O Livro do Viver e Do Morrer
Fonte: http://www.palavrasdeosho.

20 de dezembro de 2010

Ser Feliz ou Ter Razão? (Inteligencia emocional)- de Marco Fabossi

 
 "Oito horas da noite, atrasado, o casal segue para um jantar na casa de amigos. Tanto o endereço quanto o caminho são novos, mas a esposa teve o cuidado de conferir o mapa antes de sair.

O marido dirige, enquanto ela o orienta e pede para que vire na próxima rua à esquerda, porém ele tem certeza de que deve virar à direita.

Uma pequena discussão se inicia, mas ela deixa que ele decida o que fazer.
Ele então vira à direita, mas percebe que estava errado.
Com certa dificuldade, ele admite o erro, enquanto faz o retorno.

Neste momento sua esposa sorri e diz:
- Meu bem, não há nenhum problema em chegar um pouquinho atrasado.
- Mas se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, porque não insistiu um pouco mais? – Perguntou o marido.

- Bem, entre ter razão e ser feliz, eu prefiro ser feliz. Nós estávamos à beira de uma discussão, e se eu insistisse um pouco mais, teríamos estragado nossa noite.
.
Antes de apenas reagir às situações, faça a você mesmo duas simples perguntas: 
 
Qual é o meu objetivo? Esta atitude que estou prestes a tomar me coloca mais perto ou me afasta dos meus objetivos? 
 
 Se sua resposta para esta última pergunta é “me afasta dos meus objetivos”, então descarte-a; prefira ser feliz.
 
Isso vale para qualquer área de nossas vidas. Se você saiu de casa para se divertir, divirta-se. Se está no trabalho para fazer o seu melhor, faça-o, se viajou para relaxar, então relaxe. 
 
Não deixe que situações inesperadas lhe causem sentimentos ou emoções que o afastem de seus objetivos. 
 
Nós gastamos muita energia para demonstrarmos que temos razão, quando deveríamos usá-la para conquistar aquilo que realmente desejamos. Afinal, o que você prefere: Ser feliz ou ter razão?
.
Inteligência Emocional é a capacidade de manipularmos nossas emoções de forma que elas trabalhem a nosso favor e nos levem mais perto de nossos Objetivos. (Marco Fabossi)"
 
Fonte:http://www.blogdofabossi.com.br/2010/07/ser-feliz-ou-ter-razao-inteligencia-emocional/ 
Autor:Marco Fabossi

19 de dezembro de 2010

Reencontro - de Ana Jácomo

 "Eu vim aqui me buscar. E aqui parecia ser longe, muito longe do lugar onde eu estava, o medo costuma ver as distâncias com lente de aumento. Vim aqui me buscar porque a insatisfação me perguntava incontáveis vezes o que eu iria fazer para transformá-la e chegou um momento em que eu não consegui mais lhe dizer simplesmente que eu não sabia. Vim aqui me buscar porque cansei de fazer de conta que eu não tinha nenhuma responsabilidade com relação ao padrão repetitivo da maioria das circunstâncias difíceis que eu vivenciava. Vim aqui me buscar porque a vida se tornou tediosa demais. Opaca demais. Cansativa demais. Encolhida.

Vim aqui me buscar porque, para onde quer que eu olhasse, eu não me encontrava. Porque sentia uma saudade tão grande que chegava a doer e, embora persistisse em acreditar que ela reclamava de outras ausências, a verdade é que o tempo inteirinho ela falava da minha falta de mim. Vim aqui me buscar porque percebi que estava muito distante e que a prioridade era eu me trazer de volta. Isso, se quisesse experimentar contentamento. Se quisesse criar espaço, depois de tanto aperto. Se quisesse sentir o conforto bom da leveza, depois de tanto peso suportado. Se quisesse crescer no amor.

Vim aqui me buscar, com medo e coragem. Com toda a entrega que me era possível. Com a humildade de quem descobre se conhecer menos do que supunha e com o claro propósito de se conhecer mais. Vim aqui me buscar para varrer entulhos. Passar a limpo alguns rascunhos. Resgatar o viço do olhar. Trocar de bem com a vida. Rir com Deus, outra vez. Vim aqui me buscar para não me contentar com a mesmice. Para dizer minhas flores. Para não me surpreender ao me flagrar feliz. Para ser parecida comigo. Para me sentir em casa, de novo.

Vim aqui me buscar. Aqui, no meu coração."
 
Autor: Ana Jácomo
Fonte:http://anajacomo.blogspot.com/2010/06/reencontro.html

17 de dezembro de 2010

Simplifique Sua Vida - Pe. Fábio de Melo

  "Tudo o que é belo tende a ser simples. Afirmação generalizante? Não sei. O que sei é que a beleza anda de braços dados com a simplicidade. Basta observar a lógica silenciosa que prevalece nos jardins. Vida que se ocupa de ser só o que é.

Não há conflito nas bromélias, não há angústia nas rosas, nem ansiedades nos jasmins. Cumprem o destino de florirem ao seu tempo e de se despedirem do viço quando é chegada a hora. São simples.

Não querem outra coisa, senão a necessidade de cada instante. Não há desperdício de forças, não há dispersão de energias. Tudo concorre para a realização do instante. Acolhem a chuva que chega e dela extraem o essencial. Recebem o sol e o vento, e morrem ao seu tempo.

Simplicidade é um conceito que nos remete ao estado mais puro da realidade. A semente é simples porque não se perde na tentativa de ser outra coisa. É o que é. Não desperdiça seu tempo querendo ser flor antes da hora. Cumpre o ritual de existir, compreendendo-se em cada etapa.

Já dizia o poeta: "Simplicidade é querer uma coisa só". Eu concordo com ele. O muito querer nos deixa complexos demais. Queremos muito ao mesmo tempo, e então nos perdemos no emaranhado dos desejos. Há o risco de que não fiquemos com nada, de que percamos tudo.

Aquele que muito quer corre o risco de nada ter, porque o empenho e o cuidado é que faz a realidade permanecer. O simples anda leve. Carrega menos bagagem quando viaja, e por isso reserva suas energias para apreciar a paisagem. O que viaja pesado corre o risco de gastar suas energias no transporte das malas. Fica preso, não pode andar pelo aeroporto, fica privado de atravessar a rua e se transforma num constante vigilante do que trouxe.

A simplicidade é uma forma de leveza. Nas relações humanas ela faz a diferença. O que cultiva a simplicidade tem a facilidade de tornar leve o ambiente em que vive. Não cria confusão por pouca coisa; não coloca sua atenção no que é acidental, mas prende os olhos naquilo que verdadeiramente vale à pena.

Pessoas simples são aquelas que se encantam com as coisas menores. Sabem sorrir diante de presentes simbólicos e sem muito valor material. A simplicidade lhe capacita para perceber que nem tudo precisa ter utilidade. E por isso é fácil presentear o simples.

Dar presentes aos complicados é um desafio. Não sabemos o que eles gostam, porque só na simplicidade é possível conhecer alguém. Só depois que as máscaras caem pelo chão e que os papéis são abandonados a gente tem a possibilidade de descobrir o outro na sua verdade.

Eu gostaria de me livrar de meus pesos. Queria ser mais leve, mais simples. Querer uma coisa só de cada vez. Abandonar os inúmeros projetos futuros que me cegam para a necessidade do momento. Projetos futuros valem à pena, desde que sejam simples, concretos e aplicáveis. Não gostaria que a morte me surpreendesse sem que eu tivesse alcançado a simplicidade. Até para morrer os simples têm mais facilidade. Sentem que chegou a hora, se entregam ao último suspiro e se vão.

Tenho uma intuição de que quando eu simplificar a minha vida, a felicidade chegará em minha casa, quando eu menos esperar."

Autor:Padre Fábio de Melo 
Fonte:http://www.fadadasrosas.com.br/2010/12/simplifique-sua-vida-pe-fabio-de-melo.html

16 de dezembro de 2010

Queremos Paz ou Conflito? - Eckhart Tolle

"Desejamos paz.
Não existe ninguém que não a queira. Ainda assim, há algo em nós que pede o conflito, o enfrentamento. Talvez você não seja capaz de perceber isso neste instante. Pode ser que tenha que esperar por uma situação ou até mesmo por um pensamento que disparem uma reação da sua parte: alguém que o acuse de algo, que não o reconheça, que se intrometa no seu territorio, que questione sua maneira de fazer as coisas, que provoque uma discussão sobre dinheiro etc.

Diante de uma circunstância desse tipo, voce consegue sentir o imenso impulso de força que começa a atravessá-lo, o medo que talvez esteja sendo mascarado por raiva ou hostilidade? 

É capaz de ouvir sua própria voz se tornando áspera, estridente? Tem consciência de que sua mente está correndo para defender a posição dela, justificar, atacar, condenar? 

Em outras palavras, tem capacidade de despertar nesse momento de insconsciência? Sente que algo em você está em guerra, alguma coisa que se vê ameaçada e quer sobreviver a todo custo, que precisa do confronto para afirmar a própria identidade como o personagem vitorioso dentro dessa produção teatral? 

Consegue sentir que existe algo em você que preferia estar certo a estar em paz?" 

Autor:Eckhart Tolle
Fonte: Livro O despertar de uma nova consciência, editora sextante

15 de dezembro de 2010

Qual o meu relacionamento com a vida?O ego e o momento presente - de Eckhart Tolle

 
"O relacionamento primordial da nossa vida é aquele que mantemos com o Agora ou com qualquer forma que ele assuma, isto é, com aquilo que é ou que acontece. Se houver um distúrbio na relação que temos com o Agora, ele se refletirá em todos os relacionamentos e em todas as situações que encontrarmos. 

O ego pode ser definido simplesmente assim: um relacionamento desajustado com o momento presente. Mas podemos decidir que tipo de relação queremos estabelecer com o momento presente.

Depois que alcançamos certo grau de consciência (e, se você está lendo isto, quase certamente o atingiu), somos capazes de escolher que espécie de relacionamento desejamos travar com o momento presente. Pretendemos têlo como amigo ou inimigo? O momento presente é inseparável da vida, portanto, na verdade, estamos decidindo que tipo de relacionamento queremos ter com a vida. 

Uma vez que tenhamos optado por torná-lo nosso amigo, depende de nós dar o primeiro passo: devemos ser amistosos com ele, recebê-lo bem, não importa que disfarce apresente, e logo veremos os resultados. Com isso, a vida passa a ser mais amigável em relação a nós, as pessoas se mostram prestativas, as circunstâncias nos favorecem. Uma decisão muda toda a nossa realidade. No entanto, precisamos fazer essa escolha o tempo todo, sem parar - até que viver dessa maneira seja algo natural para nós.

A decisão de converter o momento presente em nosso amigo é o fim do ego. Para o ego, é impossível estar alinhado com o momento presente, isto é, com a vida, pois sua própria natureza 0 impele a ignorar e desvalorizar o Agora ou resistir a ele. O ego vive do tempo e, quanto mais forte ele é, mais o tempo controla nossa vida. Assim, quase todos os nossos pensamentos expressam uma preocupação com o passado ou com o futuro, enquanto nosso sentido de eu depende do passado para nossa identidade e do futuro para preenchê-la. Medo, ansiedade, expectativa, arrependimento, culpa, raiva são as disfunções do estado de consciência atado ao tempo.

O ego trata o momento presente de três maneiras: como um meio para alcançar um fim, um obstáculo ou um inimigo. Vamos observar cada um desses padrões individualmente para que possamos reconhecer qual deles está operando em nós e... decidir mais uma vez.

Na melhor das hipóteses, para o ego, o momento presente é útil apenas como um meio para alcançar um fim. Ele nos leva a algum ponto no futuro que é considerado mais importante, embora o futuro nunca chegue, a não ser como o momento presente -portanto, ele nunca passa de um pensamento na nossa cabeça. Em outras palavras, jamais permanecemos plenamente aqui porque estamos sempre ocupados tentando chegar a algum lugar.

Quando esse padrão se torna mais pronunciado, e isso é bastante comum, o momento presente é considerado um obstáculo a ser superado e é tratado como tal. Então surgem a impaciência, a frustração e a tensão permanente. Na nossa cultura, essa é a realidade cotidiana de muitas pessoas, seu estado normal. A vida, que é agora, é vista como um "problema", e nós passamos a habitar um mundo de obstáculos que precisam ser resolvidos antes que possamos ficar felizes, satisfeitos e realmente começar a viver - ou pelo menos é nisso que acreditamos. Porém, a questão é a seguinte: para cada dificuldade que solucionamos, outra surge do nada. Uma vez que o momento presente é encarado como um problema, os transtornos podem não ter fim.

"Eu serei qualquer coisa que você queira que eu seja", diz a Vida, ou o Agora.

"Vou tratá-lo do modo como você me trata. Se você me vê como um estorvo, eu serei um estorvo para você. Se me trata como um empecilho, serei um empecilho."

Na pior das hipóteses, e isso também é muito comum, o momento presente é tratado como um inimigo. Se odiamos o que estamos fazendo, reclamamos do ambiente onde nos encontramos, amaldiçoamos as coisas que estão acontecendo ou aconteceram ou se nosso diálogo interior consiste no que deveria ser e no que não deveria ser, em culpar e acusar, é porque estamos discutindo com o que é, com o que já é como tem que ser.

Estamos convertendo a Vida num inimigo, e a ela diz: "Como a guerra é o que você quer, a guerra é o que terá." A realidade exterior, que sempre reflete para nós o estado em que nos encontramos interiormente, é então sentida como hostil.
Uma pergunta essencial que devemos nos fazer com freqüência é: qual é meu relacionamento com o momento presente? Depois, precisamos ficar atentos para descobrir a resposta. "Será que estou tratando o Agora como um simples meio para alcançar um fim? Será que o vejo como um obstáculo? Será que o estou transformando num inimigo?" 

Como o momento presente é tudo o que sempre temos, uma vez que a Vida é inseparável do Agora, o verdadeiro significado daquela pergunta é: qual é meu relacionamento com a vida? Essa indagação é uma maneira excelente de desmascararmos o ego dentro de nós e avançarmos para o estado de presença. 

Embora ela não incorpore a verdade absoluta (em última análise, nós e o momento presente somos uma coisa só), é um indicador útil que nos coloca na direção certa. Pergunte isso a si mesmo até que não considere mais necessário."

Sabe como você pode superar a disfunção no seu relacionamento com o momento presente? A coisa mais importante é detectá-la em si mesmo, nos seus pensamentos e nas suas ações. No instante em que vê que há um distúrbio na sua relação com o Agora, você está presente. Essa visão assinala o surgimento da presença. Nesse instante, a disfunção começa a se dissipar.

Algumas pessoas riem muito quando observam isso. Com a visão surge o poder da escolha - a decisão de dizer sim ao Agora, de torná-lo seu amigo."

Autor:Eckhart Tolle
Fonte:o Livro  O despertar de uma nova consciencia

12 de dezembro de 2010

A origem do medo - Eckhart Tolle

"A doença psicológica do medo não está presa a qualquer perigo imediato concreto e verdadeiro. Manifesta-se de várias formas, tais como agitação, preocupação, ansiedade, nervosismo, tensão, pavor, fobia, etc. Esse tipo de medo psicológico é sempre de alguma coisa que poderá acontecer, não de alguma coisa que está acontecendo neste momento.

Você está aqui e agora, ao passo que a sua mente está no futuro. Essa situação cria um espaço de angústia. E, caso estejamos identificados com as nossas mentes e tenhamos perdido o contato com o poder e a simplicidade do Agora, essa angústia será nossa companhia constante. Podemos sempre lidar com uma situação no momento em que ela se apresenta, mas não podemos lidar com algo que é apenas uma projeção mental. Não podemos lidar com o futuro.
 
Além do mais, enquanto estivermos identificados com a mente, o ego regerá as nossas vidas. Por conta da sua natureza ilusória e apesar dos elaborados mecanismos de defesa, o ego é muito vulnerável e inseguro e vê a si mesmo sob constante ameaça.

Esse é o caso aqui, mesmo que o ego seja muito confiante, em sua forma externa. Agora, lembre-se de que uma emoção é a reação do corpo à mente. Que mensagem o corpo está recebendo permanentemente do ego, o falso eu interior construído pela mente? Perigo está sob ameaça. E qual é a emoção gerada por essa mensagem permanente? Medo é claro.

O medo parece ter várias causas. Tememos perder, falhar, nos machucar, mas em última análise todos os medos se resumem a um só: o medo que o ego tem da morte e da destruição. Para o ego, a morte está bem ali na esquina. No estado de identificação com a mente, o medo da morte afeta cada aspecto da nossa vida. Por exemplo, mesmo uma coisa aparentemente trivial ou “normal”, como a necessidade compulsiva de estar certo em um argumento e demonstrar à outra pessoa que ela está errada, acontece por causa do medo da morte.

Se estivermos identificados com uma atitude mental e descobrirmos que estamos errados, nosso sentido de eu interior baseado na mente correrá um sério risco de destruição. Portanto, assim como o ego, você não pode errar. Errar é morrer. Muitas guerras foram disputadas por causa disso, e inúmeros relacionamentos foram destruídos.

Uma vez que não estejamos mais identificados com a mente, não faz a menor diferença para o nosso eu interior estarmos certos ou errados. Assim, a necessidade compulsiva e profundamente inconsciente de termos sempre razão -o que é uma forma de violência – vai desaparecer. 

Você poderá declarar de modo calmo e firme como se sente ou o que pensa a respeito de algum assunto, mas sem agressividade ou qualquer sentido de defesa. O sentido do eu interior passa a se originar de um lugar profundo verdadeiro dentro de você, não mais de sua mente.

Tenha cuidado com qualquer tipo de defesa dentro de você. Está se defendendo de quê? De uma identidade ilusória, de uma imagem em sua mente, de uma entidade fictícia. Ao trazer esse padrão à consciência, ao testemunhá-lo, você deixa de se identificar com ele. À luz da sua consciência, o padrão de inconsciência irá se dissolver rapidamente.

Esse é o fim de todos os argumentos e jogos de poder, tão prejudiciais aos relacionamentos. O poder sobre os outros é a fraqueza disfarçada de força. O verdadeiro poder é interior e está à sua disposição agora.

A mente procura sempre negar e escapar do Agora. Em outras palavras, quanto mais nos identificamos com as nossas mentes, mais sofremos. Ou ainda, quanto mais respeitamos e aceitamos o Agora, mais nos libertamos da dor, do sofrimento e da mente.

Se não quer gerar mais sofrimento para você e para os outros, se não quer acrescentar mais nada ao resíduo do sofrimento do passado que ainda vive em você, não crie mais tempo, ou, pelo menos, não mais do que o necessário para lidar com os aspectos práticos da sua vida. Como deixar de criar tempo?

Tendo uma profunda consciência de que o momento presente é tudo o que você tem. 

Faça do Agora o foco principal da sua vida. Se antes você se fixava no tempo e fazia rápidas visitas ao Agora, inverta essa lógica, fixando-se no Agora e fazendo visitas rápidas ao passado e ao futuro quando precisar lidar com os aspectos práticos da sua vida. 

Diga sempre “sim” ao momento atual."

Autor:Eckhart Tolle - 
Fonte: do livro Praticando o poder do agora - cap. 02

9 de dezembro de 2010

O Poder da Aceitação - texto de Chafic Jbeili


"A aceitação é uma importante disposição para quem deseja o sucesso, a prosperidade e a felicidade. Para obtê-las é preciso primeiro aceitá-las mentalmente. Por isso, muitas pessoas correm tanto atrás dessas coisas e – propositadamente – não as alcançam. No fundo, no fundo elas não acreditam que podem e merecem ser felizes. 

A aceitação é também como uma semente de paz e de serenidade que tantas pessoas possuem guardada, mas que por algum motivo não se dispõem a plantá-las para que essas prosperem e dêem frutos.
As pessoas que não usufruem do poder da aceitação são sempre mais estressadas e reativas. São, aos seus próprios olhos, mais dignas das situações negativas do que propriamente do sucesso e da prosperidade. 

Resistem ao prazer. Ficam ansiosas e sentem um certo desconforto se, por exemplo, estiverem gozando de progresso e relativo sucesso, achando continuamente que alguma coisa vai dar errado e, até cooperam para isso. Interpretam a sensação de felicidade como presságio de uma inevitável desgraça pois, vovó já dizia: “muito riso é sinal de choro!” ou “Santo quando vê muita esmola, desconfia!”. Cuidado com essas crenças inadequadas
.
O poder da aceitação não sugere o acolhimento autopiedoso de si mesmo e não deve ser interpretado como ato passivo a um estado, humano ou circunstancial, final, estagnado e imutável. Antes, é reconhecer o que se é, e o que se tem, como ponto de partida para ser ou conquistar aquilo que se pretende. É estar consciente de suas reais capacidades sem contudo subestimar suas potencialidades. 

O acolhimento de si mesmo, do outro e das circunstâncias, como esses se apresentam é uma das primeiras disposições para quem pretende gozar paz de espírito e se reconciliar com a vida. Pessoas tranqüilas e serenas têm mais chances de acertarem em suas escolhas (e nas provas de concurso!), correm menos riscos de doenças e gozam qualidade de vida, a despeito de suas posses.

Contestar a vida, a morte ou o azar é perda de tempo. Experimente deixar sua vida fluir naturalmente como flui um rio. Experimente não tentar controlar o tempo ou mudar as pessoas do seu convívio diário. 

Experimente fazer sua agenda do dia, da semana ou do mês, como tarefas passíveis de realização e não como infalíveis acontecimentos. Aceite suas perdas e curta suas conquistas, aceite de coração aberto o que a vida lhe oferece e, com responsabilidade, as propostas que recebe. Regozije-se com seu sucesso!

Da mesma forma que ninguém pode respirar sua cota de oxigênio, ninguém também poderá usufruir da sua cota de felicidade, de paz e de serenidade. Esses elementos são seus e estão, agora mesmo, à sua disposição. Use o poder da aceitação para reforçar esse pensamento: Cada pessoa só pode usufruir daquilo que era para ela mesma. Aceite isso, aceite desafios e aproveite a vida!"

Fonte:http://chaficjbeili.blogspot.com/

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