14 de abril de 2015

Uma Pessoa Verdadeiramente Forte por Flávio Gikovate


"A gente costuma ouvir que uma pessoa é forte, que tem gênio forte, quando ela reage com grande violência em situações que a desagradam. Ou seja, a pessoa de temperamento forte só está bem e calma quando tudo acontece exatamente de acordo com a vontade dela.
 Nos outros casos, sua reação é explosiva e o estouro costuma provocar o medo nas pessoas que a cercam. Talvez essas pessoas sejam responsáveis por chamar o estourado de forte, porque acabam se submetendo à vontade dele. Ele é forte porque consegue impor sua vontade, quase sempre por conta do medo que as pessoas têm do seu descontrole agressivo e de sua capacidade para fazer escândalo.

Se pensarmos mais profundamente, perceberemos que as pessoas de “gênio forte” conseguem fazer prevalecer seus desejos apenas nas pequenas coisas do cotidiano. Elas decidirão a que restaurante os outros irão; a que filme o grupo irá assistir; se a família vai para a praia no fim de semana e assim por diante.

As coisas verdadeiramente importantes – a saúde delas e a das pessoas com quem convivem; o sucesso ou fracasso nas atividades profissionais, estudos ou investimentos; as variações climáticas e suas tragédias, como inundações, desabamentos e terremotos; a morte de pessoas queridas – não são decididas por nenhum de nós.

O que leva os de “gênio forte” a comportamentos ridículos: berram, esperneiam e blasfemam diante de acontecimentos inexoráveis, e contra os quais nada podemos fazer. Reagem como crianças mimadas que não podem ser contrariadas! Afinal de contas, isso é ser uma pessoa forte? É claro que não.

Querer mandar nos fatos da vida, querer influir em coisas cujo controle nos escapa, não é sinal de força, como também não é sinal de bom senso, sensatez e de uso adequado da inteligência.

Talvez fosse muito bom se pudéssemos influir sobre muitas coisas que são essenciais. Mas a verdade é que não podemos. Isso nos deixa inseguros, pois coisas desagradáveis e dolorosas podem acontecer a qualquer momento. E não serão nossos berros que impedirão nossos filhos de serem atropelados, nossos pais de morrerem, nossa cidade de ter enchentes ou desabamentos.

O primeiro sinal de força de um ser humano reside na humildade de saber que não tem controle sobre as coisas que lhe são mais essenciais. 
Sim, porque este indivíduo aceitou a verdade. E isso não é coisa fácil de fazer, especialmente quando a verdade nos deixa impotentes e vulneráveis.

O segundo sinal, e o mais importante, é a pessoa compreender que ela terá que tolerar toda a dor e todo o sofrimento que o destino lhe impuser. E mais – e este é o terceiro sinal -, terá que tolerar com “classe” e sem escândalos.

Não adianta se revoltar. Não adianta blasfemar contra Deus. Ser forte é ter competência para aceitar, administrar e digerir todos os tipos de sofrimento e contrariedade que a vida forçosamente nos determina. É não tentar ser espertinho nas coisas que são de verdade.

As pessoas que não toleram frustrações, dores e contrariedades são as fracas e não as fortes. Fazem muito barulho, gritam, fazem escândalos e ameaçam bater. São barulhentos e não fortes – estas duas palavras não são sinônimos!

O forte é aquele que ousa e se aventura em situações novas, porque tem a convicção íntima de que, se fracassar, terá forças interiores para se recuperar.

Ninguém pode ter certeza de que seu empreendimento – sentimental, profissional, social – será bem-sucedido. Temos medo da novidade justamente por causa disso.

O fraco não ousará, pois a simples ideia do fracasso já lhe provoca uma dor insuportável.

O forte ousará porque tem a sensação íntima de que é capaz de aguentar o revés.

O forte é aquele que monta no cavalo porque sabe que, se cair, terá forças para se levantar. O fraco encontrará uma desculpa – em geral, acusando uma outra pessoa – para não montar no cavalo. Fará gestos e pose de corajoso, mas, na verdade, é exatamente o contrário. Buscará tantas certezas prévias de que não irá cair do cavalo que, caso chegue a tê-las, o cavalo já terá ido embora há muito tempo.

O forte é o que parece ser o fraco: é quieto, discreto, não grita e é o ousado. Faz o que ninguém esperava que ele fizesse."
Flávio Gikovate
http://flaviogikovate.com.br/uma-pessoa-verdadeiramente-forte/

11 de abril de 2015

SOL NAS ALMAS... psicografia de Wagner Borges pelo espirito André Luis


"Amigo espiritualista, quando a depressão se aproxima e instala na sua consciência aquele clima mental cinzento e opressivo, é necessário reagir e acender a própria lâmpada interior.

É o que se denomina “sol na alma”.

É uma espécie de ponte de ligação oculta entre o encarnado e o plano extrafísico de sua verdadeira origem: o plano mental.

Muitos pesquisadores espiritualistas em suas correntes mais diversas afirmam, acertadamente, que no plano mental não existe o tempo nem o espaço. Isso é verdade, porém, muitos se esquecem de que o amor existe nesse plano, já que ele não depende nem do tempo e nem do espaço.

E é esse amor que você deve sintonizar para vencer a opressão que devora o seu otimismo e bem-estar.

Por isso, eleve o pensamento e tente criar a imagem de luz branca puríssima interpenetrando todo o seu corpo, mas especialmente no cérebro e no coração.

Acenda o sol na sua alma e tente ter mãos de luz, coração generoso e pés que caminham conscientemente.

A estrada da vida pode ser muito dura, mas se o nosso coração é generoso, tudo podemos compreender.

As pessoas podem ser ásperas, mas se as nossas mãos forem brilhantes, tocaremos a todos com grande luz.

São muitos os percalços, mas se tivermos a consciência limpa, usaremos o discernimento e descobriremos o mais sensato a fazer.

A caminhada na terra é cheia de espinhos, mas uma consciência espiritualizada, conectada com o plano mental, transforma-se em um farol de luz, ou melhor, no sol das almas.

Nos seus momentos de meditação ou de prece, procure pensar na luz branca que permeia todo o Universo e que é a base de toda vida. Essa luz é sutil, mas pode ser percebida se a sua lâmpada interior estiver acesa.

Pense naquele amor criativo que está a favor da evolução de todas as criaturas.

Pense que você vive em conjunto com bilhões de almas, encarnadas e desencarnadas. Todas são como você e têm um sol interior. Embora não pareça, todas buscam as mesmas coisas que você: amor, paz, crescimento e luz.

Grande parte dessas almas perdem-se nos desvarios humanos. Mergulham nos prazeres mundanos e se afogam no próprio orgulho, gerando com isso os entraves cármicos que os aprisionarão nas provas retificadoras do futuro.

Essas almas ferem os próprios irmãos de romagem evolutiva e, na verdade, estão ferindo a si próprias. São almas sombrias que se esqueceram do próprio sol interno e por isso rumam pelas várias vidas ao sabor das intempéries cármicas que as dominam.

Portanto, cabe a você, espiritualista consciente, acender o seu sol interior e emanar a luz, como verdadeiro sol nas almas.

Nós lhe esperamos com a luz na ação e com Jesus no coração."

André Luiz - 
(Dedicado ao espírito Rama) 
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges; Florianópolis, 19 de abril de 1995) 
Fonte:http://www.ippb.org.br/textos/textos-periodicos/329-sol-nas-almas


7 de abril de 2015

Quando falar é agredir por Flávio Gikovate


"Há opiniões discrepantes em relação às pessoas que são muito cuidadosas e delicadas quando expressam seu ponto de vista, especialmente sobre temas polêmicos. Alguns as julgam falsas e hipócritas, pois escolhem as palavras com o intuito de agradar o interlocutor. Resultado: desconfia-se de sua sinceridade.

Outros, porém, pensam de forma diferente. Acham que são espíritos mais atentos, preocupados em não ser invasivos e grosseiros. Tomam cuidado, sim, porque não gostariam, em hipótese alguma, de magoar a pessoa com a qual estão conversando.

Pode parecer também que o tipo mais espontâneo e sincero é mais veemente na defesa de suas ideias, enquanto o mais delicado tem menos interesse em fazer prevalecer seu ponto de vista, ficando sempre “em cima do muro”.

Embora muitas vezes tais considerações sejam verdadeiras, penso que não é tão simples fazer a avaliação da conduta mais adequada. Esse assunto não só envolve questões morais, mas diz respeito à eficácia da comunicação entre as pessoas.

Sob o aspecto moral, a preocupação com o outro se impõe sempre. Sermos honestos e sinceros não nos dá o direito de dizer tudo que pensamos. A franqueza pode ser prejudicial.
 Por exemplo, se uma pessoa, ao encontrar um amigo de rosto abatido, falar: “Puxa, como você está pálido! Até parece doente”, estará sendo sincera, mas tremendamente insensível.

A verdade não subtrai o caráter agressivo da afirmação; pelo contrário o acentua.

Na prática, acredito que uma boa forma de avaliar uma ação é pelo resultado. Se o efeito for destrutivo, a ação será nociva, independentemente da “boa intenção” daquele que a praticou.

A tese de que devemos falar tudo o que pensamos é ainda mais indefensável quando o objetivo é facilitar o entendimento e a comunicação.

Indiscutivelmente o ser humano é vaidoso e, se sentir-se ofendido por alguma palavra ou atitude do outro, acabará desenvolvendo uma postura negativa em relação a essa pessoa.

Se alguém iniciar uma frase com expressões do tipo “Você não percebe nada”, “Qualquer idiota é capaz de compreender que…”, elas provocarão uma espécie de surdez imediata. Não ouviremos o resto do argumento ou então o ouviremos com o intuito de encontrar bons raciocínios para derrubá-lo.

Quando nos expressamos, é preciso ter extremo cuidado com as palavras, pois elas atingem positiva ou negativamente o interlocutor. 
No processo de comunicação, a recepção é tão importante quanto a emissão dos sinais. Temos que nos lembrar disso se quisermos agir de modo construtivo para nós e para os demais.

O descaso pelo “receptor” indica desrespeito moral e agressividade (voluntária ou não). Há pessoas que só têm interesse em mostrar como são perspicazes e brilhantes. Querem ficar por cima. Querem ensinar e não aprender. Despertam raiva, não admiração, pois a arte de seduzir caminha exatamente na direção oposta.

Um homem (ou uma mulher) atraente faz o outro se sentir bonito, legal e inteligente. Prefere dar atenção a repetir o tempo todo “Como sou bárbaro e maravilhoso”.

Qual a pessoa que gosta de se aproximar de alguém cujo objetivo principal é a autopromoção constante? 
Quem atura discursos intermináveis baseados num narcisismo oco? Praticamente ninguém.

O descaso pelo interlocutor é, a meu ver, fruto de um individualismo acirrado e oculta o desejo inconsciente de se dar mal na vida."

Flávio Gikovate
Fonte:http://flaviogikovate.com.br/quando-falar-e-agredir/

A Voz e o silencio pelo espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco


"Aumenta volumosamente a balbúrdia no mundo.
Não há respeito pelo silêncio.

As pessoas perderam o tom de equilíbrio nas conversações, nos momentos de júbilo, nas comunicações fraternais.

Grita-se, quando se deveria falar, produzindo uma competição de ruídos e de vozes que perturbam o discernimento e retiram a harmonia interior.

As músicas deixam, a pouco e pouco, de ser harmônicas para se apresentarem ruidosas, sem nenhum sentido estético, expressando os conflitos e as desordens emocionais dos seus autores.

Cada qual, por isso mesmo, impõe o volume da sua voz, dos ruídos do lar, das comunicações e divertimentos através dos rádios e das televisões.

Há um predomínio da violência em tudo, nos sentimentos, nas conversações, nas atividades do dia a dia.

Há demasiado ruído no mundo, atormentando as criaturas.

* * *

A voz é instrumento delicado e de alta importância na existência humana.

Sendo o único animal que consegue articular palavras, o ser humano deve utilizar-se do aparelho fônico na condição de instrumento precioso, e de cujo uso dará contas à consciência cósmica que lhe concedeu admirável tesouro.

Jesus, o Sublime Comunicador, cuja dúlcida voz inebriava de harmonia as multidões, viveu cercado sempre pelas massas.

Sofreu-as, compadeceu-se delas, mas não se deixou aturdir pela sua insânia e necessidade.

Logo depois de as atender, recolhia-se ao silêncio, fugindo do bulício, a fim de penetrar-se mais pelo amor do Pai, renovando os sentimentos de misericórdia e de compreensão.

Procedia dessa forma, a fim de que o cansaço, que surge na balbúrdia, não lhe retirasse a ternura das palavras e das ações.

* * *

Necessitas, sim, de silêncio interior, para melhores reflexões e programações dignificantes em qualquer área do comportamento em que te encontres.

Aprende a calar e a meditar, a harmonizar-te e a não perder a seriedade na multidão desarvorada e falante.

Os grandes sábios do cosmo sempre souberam silenciar.

Silenciar em oração perante as necessidades do outro. Silenciar em respeito ao sofrimento alheio.

Silenciar em consideração às ideias divergentes. Silenciar a vingança diante dos males recebidos.

É no mundo do silêncio que construímos as palavras edificantes que sairão de nossa boca.

É no mundo sem voz que elaboramos o canto que logo mais irá encantar ouvintes numa sala de concertos.

É no mundo do silêncio que embalamos nossos amores, que pensamos em melhorar, reformar e transformar.

Assim, saibamos dosar o silêncio em nossas vidas, evitando que a balbúrdia e a loucura se instalem.

Saibamos usar a voz com cuidado, a cada pronunciar de palavra, assim como o concertista o faz na interpretação de uma ópera.

A música elevada, assim como a vida, é feita de som, mas também de silêncio."
Redação do Momento Espírita com base no cap.
Silêncio, do livro Jesus e vida, pelo Espírito 
Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo 
Pereira Franco 

5 de abril de 2015

O Semeador por Jean-Yves Leloup


"Disse Jesus:
Eis que o semeador saiu a semear.
Encheu a mão e lançou as sementes.
Algumas caíram no caminho e tornaram-se alimento para os pardais.
Outras caíram entre os espinhos que sufocaram a semente e o verme a devorou.
Outras caíram em terreno pedregoso; aí não puderam lançar raízes na terra.
Outras caíram em terra excelente e produziram bom fruto em direção ao Céu.
Produziram sessenta em cento e vinte por medida."
Logion 9 - Evangelho de Tomé

Este logion faz lembrar a importância do terreno que recebe a semente. O crescimento do germe divino semeado em cada um de nós depende de nossa maneira de receber. O sentido da palavra varia segundo o ouvido que a escuta.
A semente, isto é, a informação criadora - é a mesma para todos; a variedade dos frutos deve-se ao terreno que a recebe.

O caminho simboliza a "vida habitual", a rua principal com suas atrações. A informação criadora recebida por uma consciência dispersa, distraída, não pode desabrochar, no homem não chega ao íntimo, não habita nossa profundidade; pode-se reduzir o Evangelho a uma conversação de salão, a uma tagarelice, a um produto de consumo ou diversão como outro qualquer..

A semente pode, igualmente cair entre os espinhos. O espinheiro simboliza a consciência crítica, analítica que caracteriza certos espíritos contemporâneos e que sufoca a espontaneidade da vida. Aí também, a informação criadora não pode se encarnar e se expandir.

O conhecimento de si, mencionado no Evangelho, não é introspecção, auto-análise perpétua que nos inibe e esteriliza. Trata-se de um estado de atenção ao que é - sem julgamento, "sem por que" dizia Meister Eckhart. O verme no meio dos espinhos que ameaça devorar é o narcisismo. A consciência, incessantemente voltada para si mesma, nos impede o próprio movimento do Logos em seu desenvolvimento essencial.

O terreno pedregoso no qual a semente não consegue penetrar simboliza na Bíblia a dureza do coração. - "O coração de pedra", aquele que se fecham que recusa as informações criadoras. A coisa mais grave que nos pode acontecer é "que nosso coração de carne se torne um coração de pedra". Muitas vezes, somos empedernidos porque temos medo. 

O próprio corpo se contrai, se fecha, se defende e segrega nos músculos uma estranha couraça. Confunde-se a dureza com força. A dureza exterior oculta a fragilidade ou moleza interior como a carapaça do camarão. Aquele que é sólido interiormente - que tem uma coluna vertebral - não precisa "brincar de durão"; pelo contrário, pode até mesmo mostrar-se terno, vulnerável, e acolher sem receio a informação criadora. 
Torna-se, assim, uma terra boa.

A terra boa é o coração lavrado - esse tema será tomado no Evangelho segundo Tomé. Lavrado pela ascese ou pelas provocações da vida, tornou-se menos empedernido, menos distraído, menos egocentrado. Esse longo trabalho retirou dele os espinhos e as pedras. Daqui em diante, está aberto as essencial e torna-se capaz de escutar e meditar a Palavra de Deus, a informação criadora que murmura em suas veias; 
então, o bom fruto do Despertar começa a se erguer."

Jean-Yves Leloup em O Evangelho de Tomé

2 de abril de 2015

O que aprendemos com a decepção? por Lingia Menezes de Araújo


"Compreendemos mal o mundo e depois dizemos que ele nos decepciona."~ Rabindranath Tagore

Viver por si só, já é uma imensa descoberta, pois a cada conquista nos descobrimos, a cada empenho, conversa, encontro e porque não dizer que podemos nos conhecer um pouco mais na decepção?

A vida é permeada de diversos sentimentos, sejam eles bons, ruins, construtivos ou ameaçadores. A todo o tempo, estamos pensando, sentindo e desejando mais. Na lista de predileções humanas, a decepção sentimento rejeitado, é colocado entre aqueles cujo sentido sempre amarga a experiência do vivenciar.

Assim, a decepção se faz presente por si mesma, pois ela faz parte da vida. Então, sem pedir licença, ou marcar horário, ela simplesmente se apresenta e muitas vezes, vem acompanhada por alguns sentimentos também resignados, como a tristeza, melancolia, mau humor, e alguns outros que aproveitam a viagem. Portanto, a decepção mal administrada prejudica a qualidade de vida, podendo gerar quadros de ansiedade e depressão.

Mas como vivenciá-la de forma diferente e desviar-se de uma posição enfraquecida diante à vida?

A decepção pode ser encarada como um impulso para ação, um despertar de uma motivação, um olhar diferente para o desejo e o desafio, ela pode vir a ser uma força construtiva. Ela, no final da historia , faz com que o homem entre em sua própria “caverna”, ou seja, reconheça a si mesmo e assim enxergue suas inseguranças, precariedades e incertezas.

O desapontamento pode ser encarado como oportunidade e porque não como crescimento? Pois, se vivêssemos em um estado constante de plenitude pouco saberíamos de nós mesmos, pouco melhoraríamos e teríamos a motivação para conquistar algo. É exatamente essa discrepância que nos permite alcançar algo novo.

Sem frustação não existe necessidade, não existe razão para mobilizar os próprios recursos, para descobrir a própria capacidade para se fazer alguma coisa que se tenha vontade.

Para lidarmos com nossas emoções de uma forma funcional e positiva precisamos aprender a lidar com nossas frustações, pois quando mais tivermos um conhecimento sobre nós mesmos, mais vamos conhecer sobre aquilo que nos provoca dor.

A mudança de postura diante de uma frustação acontece quando percebemos que precisamos mudar nossa forma de lidar com ela. Como dizia Jean-Jacques Rousseau, (1712-1778) filósofo, teórico político e escritor suíço… “Pelos mesmos caminhos não se chega sempre aos mesmos fins.” "


Lingia Menezes de Araújo
Psicóloga Clínica
Fonte:http://www.vidaplenaebemestar.com.br/bem-estar/saude-

21 de março de 2015

Cada um tem seu deserto a atravessar por Jean-Yves Leloup

"O que evoca para nós a palavra deserto? Silêncio, imensidão, vento abrasador? Não apenas. Evoca também sede, miragens, escorpiões... e o encontro do mais simples de si mesmo no olhar assombrado e surpreso do homem ou da criança que brota não se sabe de onde – entre as dunas.

Existem os desertos de pedras e de areias, o deserto do Hoggar, de Assekrem, de Ténéré e do Sinai e de outros lugares ainda... o deserto é sempre o alhures, o outro lugar, um alhures que nos conduz para o mais próximo de nós mesmos.

Existem os desertos na moda, onde a multidão se vai encontrar como um pode tagarelar, em espaços escolhidos, onde nos serão poupadas as queimaduras do vento e as sedes radicais; deles se volta bronzeado como de uma temporada na praia, mas ainda por cima, com pretensões à “grande experiência”, que nos transformaria para sempre em “grandes nômades”...

Existem, enfim, os desertos interiores.
 Temos que falar deles, saber reconhecer o que apresentam de doloroso e tórrido, mas tentando também descobrir, aí, a fonte escondida, o oásis, a presença inesperada que nos recebe, debaixo de uma palmeira sorridente, em redor de uma fogueira onde a dança dos “passantes” se junta à das estrelas. Pois o deserto não constitui uma meta; é, antes, um lugar de passagem, uma travessia. Cada um, então, tem a sua própria terra prometida, sua expectativa que deverá ser frustrada, sua esperança a esclarecer.

Algumas pessoas vivem esta experiência do deserto no próprio corpo; quer isto se chame envelhecer, adoecer ou sofrer as conseqüências de um acidente. Esse deserto às vezes demora muito a ser atravessado.
Outras pessoas vivem o deserto no coração das suas relações, deserto do desejo ou do amor, das secas ou dos aborrecimentos que não aprendemos a compartilhar.
Há também os desertos da inteligência, onde o mais sábio vai esbarrar no incompreensível e o mas consciente no impensável. 

Só conseguimos conhecer o mundo e as suas matérias, a nós mesmos e às nossas memórias quando atravessamos os desertos.

Temos, finalmente, o deserto da fé, o crepúsculo das idéias e dos ídolos, que havíamos transformado em deuses ou em um Deus, para dar segurança às nossas impotências e abafar as nossas mais vivas perguntas.
Cada pessoa tem seu próprio deserto a atravessar. E a cada vez será necessário desmascarar as miragens e também contemplar os milagres: o instante, a aliança, a douta ignorância e a fecunda vacuidade."

Autor:Jean-Yves Leloup
Fonte:http://muraldaexistencia.blogspot.com.br/

13 de março de 2015

Poema Se... do professor Hermógenes


"Se, ao final desta existência,
Alguma ansiedade me restar
E conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito
No conflito, na discórdia…

Se ainda ocultar verdades
Para ocultar-me,
Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas…

Se restar abatimento e revolta
Pelo que não consegui
Possuir, fazer, dizer e mesmo ser…

Se eu retiver um pouco mais
Do pouco que é necessário
E persistir indiferente ao grande pranto do mundo…

Se algum ressentimento,
Algum ferimento
Impedir-me do imenso alívio

Que é o irrestritamente perdoar,

E, mais ainda,
Se ainda não souber sinceramente orar
Por quem me agrediu e injustiçou…

Se continuar a mediocremente
Denunciar o cisco no olho do outro
Sem conseguir vencer a treva e a trave
Em meu próprio…

Se seguir protestando
Reclamando, contestando,
Exigindo que o mundo mude
Sem qualquer esforço para mudar eu…

Se, indigente da incondicional alegria interior,
Em queixas, ais e lamúrias,
Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
Para a minha ainda imperiosa angústia…

Se, ainda incapaz
para a beatitude das almas santas,
precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende…

Se insistir ainda que o mundo silencie
Para que possa embeber-me de silêncio,
Sem saber realizá-lo em mim…

Se minha fortaleza e segurança
São ainda construídas com os materiais
Grosseiros e frágeis
Que o mundo empresta,

E eu neles ainda acredito…

Se, imprudente e cegamente,
Continuar desejando
Adquirir,
Multiplicar,
E reter

Valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
Na ânsia de ser feliz…
Se, ainda presa do grande embuste,
Insistir e persistir iludido
Com a importância que me dou…

Se, ao fim de meus dias,
Continuar
Sem escutar, sem entender, sem atender,
Sem realizar o Cristo, que,
Dentro de mim,
Eu Sou,

Terei me perdido na multidão abortada
Dos perdulários dos divinos talentos, 
os talentos que a Vida
A todos confia,
E serei um fraco a mais,
Um traidor da própria vida,
Da Vida que investe em mim,
Que de mim espera
E que se vê frustrada
Diante de meu fim.

Se tudo isto acontecer
Terei parasitado a Vida
E inutilmente ocupado
O tempo
E o espaço
De Deus.

Terei meramente sido vencido
Pelo fim,
Sem ter atingido a Meta.

ENTREGO, CONFIO, ACEITO E AGRADEÇO!"

Professor Hermogenes ...no livro Canção Universal..
  muita luz grande alma,que neste dia retornou para a patria espiritual!
Fonte:http://www.yogajournal.com.br/sabedoria/luto/

12 de março de 2015

ATempestade por Gibran Khalil Gibran

"O pássaro e o homem tem essências diferentes. 
O homem vive à sombra de leis e tradições por ele inventadas; 
o pássaro vive segundo a lei universal que faz girar os mundos. 

Acreditar é uma coisa; viver conforme o que se acredita é outra. 
Muitos falam como o mar, mas vivem como os pântanos. 
Muitos levantam a cabeça acima dos montes; 
mas sua alma jaz nas trevas das cavernas. 

A civilização é uma arvore idosa e carcomida, 
cujas flores são a cobiça e o engano e cujas frutas 
são a infelicidade e o desassossego. 

Deus criou os corpos para serem os templos das almas. 
Devemos cuidar desses templos para que sejam dignos da divindade que neles mora. 

Procurei a solidão para fugir dos homens, de suas leis, de suas tradições e de seu barulho. 
Os endinheirados pensam que o sol e a lua e as estrelas se levantam dos seus cofres e se deitam nos seus bolsos. 
Os políticos enchem os olhos dos povos com poeira dourada e seus ouvidos com falsas promessas. 
Os sacerdotes aconselham os outros, mas não aconselham a si mesmos, 
e exigem dos outros o que não exigem de si mesmos. 

Vã é a civilização. E tudo o que está nela é vão. 
As descobertas e invenções nada são senão brinquedos com a mente a se divertir no seu tédio. 
Cortar as distâncias, nivelar as montanhas, vencer os mares, tudo isso não passa de 
aparências enganadoras, que não alimentam o coração e nem elevam a alma. 
Quanto a esses quebra-cabeças, chamados ciências e artes, nada são senão cadeias douradas com os quais o homem 
se acorrenta, deslumbrados com seu brilho e tilintar. 
São os fios da tela que o homem tece desde o inicio do tempo sem saber que, quando terminar sua obra, terá construído a prisão dentro da qual ficará preso.
 
Uma coisa só merece nosso amor e nossa dedicação, 
uma coisa só... 
É o despertar de algo no fundo dos fundos da alma. 
Quem o sente não o pode expressar em palavras. 
E quem não o sente, não poderá nunca conhecê-lo através de palavras. 
Faço votos para que aprendas a amar as tempestades em vez de fugir delas."

Gibran Khalil Gibran (1883-1931)

8 de março de 2015

Reflexões e o sentido da vida por Viktor Emil Frankl


"Encontrei o significado da minha vida, ajudando os outros a encontrarem o sentido de suas vidas.” (Viktor Emil Frankl)

REFLEXÕES

“Até que ponto sou livre?”
pergunta o homem ao seu Criador.

“Não posso despojar-me do meu corpo,
não posso renegar minhas origens,
não posso fugir do meu ambiente,
não posso escapar do meu tempo.”
“Tu não és livre de tuas condições,
responde Ele,
porém, tu és livre para te posicionares
diante de teus condicionamentos.
E isto é muito além do que jamais concedi.”

“Quando giro em torno de mim mesmo, percorro um caminho infinito,
que não leva a lugar algum.
Porém, ao distanciar-me de mim mesmo, percebo o caminho
para a pessoa que gostaria de ser.”

“Há uma responsabilidade diante de meus atos:
sou responsável pelo que faço, digo, decido...
Mas há também uma responsabilidade
pela maneira como os faço:
sou responsável pelo modo como vivo, amo e sofro...”

“O corpo não pode ser construído,
mas o mal-estar físico pode ser mitigado.
A alma não pode ser consertada,
mas o distúrbio psíquico pode ser curado.
O espírito não pode ser produzido,
mas a dimensão espiritual pode ser despertada.”
“O que é genuíno não pode ser desmoralizado,
o que não é mascarado não pode ser desmascarado,
o que tem sentido não pode ser questionado.”

“Um corpo estranho penetra na concha, ferindo-a.
A areia áspera machuca sua carne.
A concha sofre.
A concha tenta expelir o intruso e fracassa.
O grão de areia fixou-se.
A dor não pode ser eliminada.
Então o animal, a partir do âmago da sua natureza,
busca a força para transformar o sofrimento em triunfo.
Do sofrimento e da aflição,
da seiva de suas lágrimas, surge,
em longos processos de crescimento interior,
a pérola.”

Textos retirados do livro “Tudo tem seu sentido”
Coleção Logoterapia
Elisabeth S. Lukas

1 de março de 2015

Ética para a nova era.. de Leonardo Boff

"Nenhuma sociedade no passado ou no presente vive sem uma ética. Como seres sociais, precisamos elaborar certos consensos, coibir certas ações e criar projetos coletivos que dão sentido e rumo à história. Hoje, devido ao fato da globalização, constata-se o encontro de muitos projetos éticos nem todos compatíveis entre si. Face à nova era da humanidade, agora mundializada, sente-se a urgência de um patamar ético mínimo que possa ganhar o consentimento de todos e assim viabilizar a convivência dos povos. Vejamos, suscitamente, como na história se formularam as éticas. 

Uma permanente fonte de ética são as religiões. Estas animam valores, ditam comportamentos e dão significado à vida de grande parte da humanidade que, a despeito do processo de secularização, se rege pela cosmovisão religiosa. Como as religiões são muitas e diferentes, variam também as normas éticas. Dificilmente se pode fundar um consenso ético, baseado somente no fator religioso. Qual religião tomar como referência? A ética fundada na religião possui, entretanto, um valor inestimável por referi-la a um último fundamento que é o Absoluto. 

A segunda fonte é a razão. Foi mérito dos filósofos gregos terem construído uma arquitetônica ética fundada em algo universal, exatamente na razão, presente em todos os seres humanos. As normas que regem a vida pessoal chamaram de ética e as que presidem a vida social chamaram de politica. Por isso, para eles, politica é sempre ética. Não existe, como entre nós, politica sem ética. 

Esta ética racional é irrenunciável mas não recobre toda a vida humana, pois existem outras dimensões que estão aquém da razão como a vida afetiva ou além como a estética e a experiência espiritual. 

A terceira fonte é o desejo. Somos seres, por essência, desejantes. O desejo possui uma estrutura infinita. Não conhece limites e é indefinido por ser naturalmente difuso. Cabe ao ser humano dar-lhe forma. Na maneira de realizar, limitar e direcionar o desejo, surgem normas e valores.

 A ética do desejo se casa perfeitamente com a cultura moderna que surgiu do desejo de conquistar o mundo. Ela ganhou uma forma particular no capitalismo no seu afã de realizar todos os desejos. E o faz excitando de forma exacerbada todos os desejos. Pertence à felicidade, a realização de desejos mas, atualmente, sem freios e controles, pode pôr em risco a espécie e devastar o planeta. Precisamos incorporá-la em algo mais fundamental. 

A quarta fonte é o cuidado, fundado na razão sensível e na sua expressão racional, a responsabilidade. O cuidado está ligado essencialmente à vida, pois esta, sem o cuidado, não persiste. Dai haver uma tradição filosófica que nos vem da antiguidade (a fábula-mito 220 de Higino) que define o ser humano como essencialmente um ser de cuidado. 

A ética do cuidado protege, potencia, preserva, cura e previne. Por sua natureza não é agressiva e quando intervem na realidade o faz tomando em consideração as consequências benéficas ou maléficas da intervenção. Vale dizer, se responsabiliza por todas as ações humanas. Cuidado e responsabilidade andam sempre juntos. 

Essaa ética é hoje imperativa. O planeta, a natureza, a humanidade, os povos, o mundo da vida (Lebenswelt) estão demandando cuidado e responsabilidade. Se não transformarmos estas atitudes em valores normativos dificilmente evitaremos catástrofes em todos os níveis. Os problemas do aquecimento global e o complexo das varias crises, só serão equacionados no espírito de uma ética do cuidado e da responsabilidade coletiva. É a ética da nova era. 

A ética do cuidado não invalida as demais éticas mas as obriga a servir à causa maior que é a salvaguarda da vida e a preservação da Casa Comum para que continue habitável."
Autor:Leonardo Boff
Fonte:http://www.domtotal.com/colunas/detalhes.php?artId=993

28 de fevereiro de 2015

Volta ao Coração por Jean-Yves Leloup


"Quando fores te engajar em um caminho, pergunta a ti mesmo se esse caminho possui um coração”, disse Dom Juan, o iniciador de Carlos Castañeda.

Não se trata do coração físico, sequer do coração afetivo e emocional, mas do coração como centro de integração de todas as faculdades da pessoa; o coração como “centro” do homem – praticamente todas as grandes tradições da humanidade dão testemunho disso.

Um dos dramas do homem contemporâneo é ter perdido o seu coração. Não existe nada entre o cérebro e o sexo; às vezes apenas uma imensa saudade... mas frequentemente passamos das mais frias análises aos excessos pulsantes mais levianos. Dessa maneira, o homem torna-se cada vez mais esquizofrênico, tendo perdido o seu centro de integração, de “personalização” do seu ser: o coração.

Uma inteligência sem coração não é realmente humana. 

Quando os bancos de memória de um computador são decuplicados, ele torna-se mais “inteligente” do que o homem. 

A inteligência sem o coração, “a ciência sem consciência”, ilumina nossas sociedades com uma luz fria onde o homem “se gela”, se analisa e se entedia...

Uma sexualidade sem coração não é uma sexualidade realmente humana, qualquer que seja a quantidade das nossas intensidades pulsantes, é apenas em uma relação de pessoa a pessoa que o prazer efêmero pode se transformar em felicidade permanente. “No verdadeiro amor”, dizia Nietzsche, “é a alma que envolve o corpo.”

É o coração que dá um sentido aos nossos enlaces, assim como é o coração que pode orientar as descobertas da inteligência em um sentido positivo à vida da humanidade.

Vivemos na época das luzes néon e dos cobertores elétricos, das luzes frias e dos calores opacos. Não é possível se aquecer junto a uma luz néon, não nos iluminamos junto a um cobertor elétrico. 

Perdemos a chama que é ao mesmo tempo luz e calor. “Redire ad cor” – “volta ao teu coração”: as palavras do profeta são mais atuais do que nunca."

Jean- Yves Leloup em Uma arte da atenção
Fonte:http://ventosdepaz.blogspot.com.br/search/label/Jean-Yves%20Leloup

27 de fevereiro de 2015

Consciência e centramento - por Osho


"Primeiro é preciso entender o que significa consciência. 

Você está andando na rua. Está consciente de muitas coisas — das lojas, das pessoas que passam por você, do tráfego, de tudo. Está ciente de muitas coisas, menos de uma — você mesmo. 

Você está andando na rua, consciente de muitas coisas e esquecido de si mesmo! Essa consciência do eu George Gurdjiefif chamou de “lembrança de si mesmo”. 

Ele dizia: “Constantemente, onde quer que você esteja, lembre-se de si mesmo.” Não importa o que esteja fazendo, nunca deixe de fazer outra coisa interiormente: ficar consciente do que estiver fazendo. 

Você está comendo — fique consciente de si mesmo. Está caminhando — fique consciente de si mesmo. Está ouvindo, está falando — fique consciente de si mesmo. Quando estiver com raiva, fique consciente de que está com raiva. Essa lembrança constante de si mesmo cria uma energia sutil, uma energia muito sutil dentro de você. Você começa a ser um ser cristalizado.
Na maior parte do tempo, você é só um saco vazio! Nenhuma cristalização, nenhum centro de verdade — só liquidez, só uma combinação ao acaso de muitas coisas sem nenhum centro. Uma multidão, em constante mudança, mas sem ninguém que a comande. 

A consciência é o que faz de você o comandante do navio — e quando eu digo comandante não quero dizer alguém que detenha o comando. Quero dizer uma 
presença — uma presença contínua. Sempre que estiver fazendo alguma coisa, ou não estiver fazendo nada, uma coisa tem de ser constante na sua consciência: que você é.

O simples sentimento de si mesmo, e de que esse si mesmo é, cria um centro — um centro de calma, um centro de silêncio, um centro de comando interior. Trata-se de um poder interior. E quando eu digo “poder interior” quero dizer literalmente isso. É por isso que Buda fala do “fogo da consciência” — ela é um fogo. Se começar a ficar consciente, você começará a sentir uma energia nova em você, um fogo, uma vida nova. E, por causa dessa vida nova, desse poder, dessa energia, muitas coisas que dominavam você se dissipam. Você não tem de lutar contra elas.

Você tem de lutar contra a sua raiva, contra a sua ganância, contra o sexo, 
porque você é fraco. Portanto, na verdade, a ganância, a raiva, o sexo não são o problema, a fraqueza é o problema. 

Quando você começar a ficar mais forte interiormente, com um sentimento de 
presença interior — de que você é —, suas energias ficam concentradas, cristalizadas num único ponto, e nasce um eu. Veja, não nasce um ego, nasce um eu. 

O ego é um sentido falso de eu. Mesmo sem ter um eu, você continua acreditando que você é um eu — que na verdade é o ego. Ego significa falso eu — você não é um eu, embora acredite que seja.(...)
O ego é uma noção falsa de algo que ainda nem sequer existe. “Eu” significa um centro que pode prometer. Esse centro é criado pelo ser que está continuamente alerta, constantemente consciente. 

Tenha consciência de que você está fazendo algo — de que está sentado, de que agora você vai dormir, de que o sono está chegando, que você está caindo no sono. Tente ficar consciente o tempo todo e então você começará a sentir que nasce dentro de você um centro; as coisas começaram a se cristalizar, ocorre um centramento. Tudo passa a se relacionar com esse centro."

Osho em Consciência: A Chave Para Viver em Equilíbrio

25 de fevereiro de 2015

Como se proteger de energias negativas.. por Marcelo Dalla

"Muita gente tem me perguntado como fazer pra se proteger de energias negativas no dia-a-dia (tais como inveja, raiva, rancor) ou mesmo de entidades obsessoras. Como já devem saber, a melhor proteção que podemos proporcionar a nós mesmos é a dos sentimentos e pensamentos positivos. Gratidão, alegria, paz e AMOR elevam nossa vibração. Assim nos sintonizamos apenas com o que vibra nesta mesma frequência.

Mas às vezes precisamos de uma força extra. Somos humanos! Quando passamos muito tempo preocupados, tristes, estressados, desanimados, magoados com algo ou alguém... ou quando nos tornamos o centro das atenções, por exemplo. Se as energias negativas se instalam numa casa, os moradores podem ficar irritados, sonolentos, brigam por qualquer motivo e podem até adoecer. Os aparelhos domésticos quebram com frequência, acontecem pequenos acidentes.

Deixo aqui algumas dicas que podem ser muito úteis.

- A primeira e a mais importantes de todas: evitar falar dos projetos ainda por realizar. Parar de contar vantagem. Aliás, falar pouco sobre si mesmo é essencial (uma das grandes lições que tenho aprendido).

- É importante também escolher as companhias e as amizades. Não abra a porta de sua casa para qualquer um. Se você percebeu que determinada pessoa é negativa, está sempre se queixando da vida, reclamando de tudo, evite a sua companhia.

- Cristais podem ser imantados e programados para proteção. Podemos levá-los no bolso, na bolsa ou em forma de jóias.(...)  Quartzo branco, ônix, turmalina e hematita são as mais utilizadas.

- O Feng Shui recomenda que coloquemos um Bagua, de preferência com espelho convexo no centro, na porta de entrada de nossa casa. Deve ser posicionado pelo lado de fora, em cima da porta. É por esta porta que a energia Shi vai entrar. Havendo mais de uma entrada na casa, faça o mesmo em todas elas.

- Plantas e flores absorvem energias negativas. Principalmente as de proteção, que podem ser plantadas no vaso ou no jardim: arruda, alecrim, espada-de-são-jorge, guiné, pimenteira, comigo-ninguém-pode e manjericão.

- Cães e gatos também são ótimos protetores, que absorvem e transmutam as energias negativas do ambiente.

- Sal grosso é excelente pra absorver energias também. Uma dica ótima é colocar um punhado na máquina de lavar pra descarregar as roupas. Um copo de água com sal grosso embaixo da cama quando for dormir também é recomendável. Banho com sal grosso só deve ser usado em casos emergenciais, pois absorvem todas as energias da nossa aura, tanto as boas quanto as ruins.

- Tomar passe num Centro Espírita ou de Umbanda é altamente eficaz. Aliás, é fundamental estar em dia com a espiritualidade, orar sempre, etc, etc. De nada adianta ir tomar um passe, depois sair fazendo tudo errado de novo, né?

- Podemos invocar a força do Arcanjo Miguel e toda a sua legião sempre que precisarmos. (...)

- As Mandalas também oferecem proteção, principalmente as de tons violeta. Não apenas protegem, mas também transmutam e equilibram as energias do ambiente.

- Para finalizar, deixo uma potente fórmula dos Florais de Saint Germain. Especial para proteção, que transmuta e eleva o padrão vibratório. Composição: Chapéu de Sol, São Miguel, Algodão, Boa Sorte, Goiaba, Lótus/Magnólia, Carrapichão, Allium, Incensum, Myrtus, Grevílea, Arnica Silvestre.(...)

Sejamos felizes!!!"

Autor: Marcelo Dalla
Fonte:http://www.marcelodalla.com/2011/05/como-se-proteger-de-energias-negativas.html

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